domingo, 12 de abril de 2009

“I drunk all day”

Neste estado, eram apenas amontoados de idéias chamuscadas de pequenos desejos e tristezas...Eu havia criado um mundo estranho em algum lugar do peito onde depositara aqueles suspiros...onde aquela massa nervosa fermentava paixões amargas."Leve-me daqui, estrada corroída por secreções azedas de alegria! Mostre-me a pegada daqueles que seguem vertiginosamente este caminho sem fim!” Isso era o que eu nunca desejei de fato; preferia a recordação de uma noite bêbada e entorpecia por haxixe (eis aqui um punhado de desejos e tristezas verdadeiras; te trago esterco do delírio onde as coisas nascem!)“Maldita imagem desbotada do passado! Que lembrança imunda!” Uma outra baforada me trouxe aquelas hienas guiadas pelo pastor amaldiçoado que dizia-me: “Parece um pouco tarde, mas todos aqui ainda fingem que sentem....” sussurrava em voz lenta e hipnotizante. Ele era o maestro das risadas esquizofrênicas que nos distraem dos holofotes da apatia derrotada.“Por que não aprendi isto antes? Isso já me deveria ser dito...” Voltei-me para dentro e notei um coração deliciosamente livre.

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