segunda-feira, 28 de setembro de 2009

j'e t....


Do you know you're beautiful
Do you know you're beautiful
do you know your beautiful
You are
Yes you are...

sábado, 26 de setembro de 2009

Tolstoi


Está em meu poder servir a Deus ou não o servir. Servindo-o, acrescento ao meu próprio bem e ao bem de todo o universo. Não o servindo, abro mão do meu próprio bem e privo o mundo do bem que estava em meu poder criar.

madricidio

As mães deveriam parar olhar para gente como se fossemos coisas doentes.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

nada

O que eram aqueles murmúrios? Pedidos para resignar o passado?Alguém já dizia que nascemos póstumos. Lamentos não curam...Eu sempre evito a explosão & acabo me cortando em lágrimas. Entrego-me profundamente a navalha...Eis a metralhadora do antagonismo mirada no meu peito.(O medo é constante).Como eu queria parar este corpo ansioso....

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Christian Death - The Drowning (tradução livre)


Por três dias estive de pé
Por três dias estive de pé
Por outros seis fui abatido no chão
Incisões não podem penetrar em meus pés
Provocar tensões, fazê-los escorregar, deixá-los dormentes
As mãos se mantiveram atadas à pele sem carências
Rasgada, oculta, invocadas em silêncio

Você, em habitações mudas
Você, num sono de sarjeta – amor
Você, nasce para ser morto – luvas enfaixadas
Você vestindo filhas e filhos
Assim como você – eu estou despedaçado e frágil
Assim como você – estou provando meu coração pela primeira vez
Assim como você se alimentando num breve descanso
Assim como você – deixei meus olhos distantes para trás
Pedindo atenção e ainda me afogando

Repouse no oitavo dia
Repouse no oitavo dia
Fui arrastado de volta ao primeiro
Dedos indelicados enfraquecem meus olhos
Eles choram, espreitam, se debatem cegamente
Não há sanidade para que eu volte a ficar de pé

Estou num quarto vazio
Estou incendiando a formalidade dos livros
Estou perdido com você na cama
Quebrando os espelhos para por fim em tudo que já vi

Assim como você – eu estou despedaçado e frágil
Assim como você – estou provando meu coração pela primeira vez
Assim como você se alimentando num breve descanso
Assim como você – deixei meus olhos distantes para trás
Pedindo atenção e ainda me afogando...

(Rozz Willliams)

domingo, 20 de setembro de 2009

Terrapin (Syd Barrett)


Eu realmente te amo, e eu quero dizer você
A estrela sobre você, azul cristal
Bem, ah querida, eu estou perdendo meus cabelos por você...

Eu não te veria, e adoraria te ver
Eu vôo por cima de voce, sim eu vôo
Bem, ah querida, eu estou perdendo meus cabelos por você...

Flutuando, trombando, narizes esquivando um dente
As barbatanas, um lugar cheio de luz
As presas ao redor do palhaço
Está escuro la embaixo a rocha esconde tudo
A luz do sol é boa para nós

Porque nós somos os peixes e tudo que fazemos
Nadar de um lado pro outro é tudo que fazemos
Bem, ah querida, eu estou perdendo meus cabelos por você...

Flutuando, trombando, narizes esquivando um dente
As barbatanas, um lugar cheio de luz
As presas ao redor do palhaço
Está escuro la embaixo a rocha esconde tudo
A luz do sol é boa para nós

Porque nós somos os peixes e tudo que fazemos
Nadar de um lado pro outro é tudo que fazemos
Bem, ah querida, eu estou perdendo meus cabelos por você...

Eu realmente te amo, e eu quero dizer você
A estrela sobre você, azul cristal
Bem, ah querida, eu estou perdendo meus cabelos por você...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

vômito

Será que ele nunca venceu uma guerra? Sim, aquelas marcas não simbolizam um rendimento...Talvez representem um alivio, algo superado, como troféus talhados em pigmentos. Não são adereços simples, mas que lhe custaram muito sangue e prazer. Alguns códigos são catástrofes infiltradas na pele, aromas & atos mágicos. Ele já visitou os mais os mais lodosos terrenos – uma lição angustiante; os primeiros esboços – regentes de uma anestesia permanente.

sábado, 12 de setembro de 2009

assim...

Premature Ejaculation envolve o uso de fantasias e sonhos desde a reconstituição do real ao simbolismo, do figurino até a filmagem. Não há limite, regra, sanidade; exibição da "pessoa-objeto-humano-sexualidade abertamente dolorida". A realidade da morte antes do nascimento, o sonho consciente, a violência, a beleza e o resultado deste sonho. A percepção de que não somente performance é uma seqüência de sonhos, mas de que a vida depois da morte também é esta seqüência, esta é a prova definitiva da mente, através desta performance nós somos libertados, liberdade é a capacidade de usar toda a mente de uma pessoa, a realidade do subconsciente, a mais precoce de todas as ejaculações. Tire a jaula de seu esqueleto! Apontem e fogo!
(Rozz Williams)

história do amor

A angústia seria mais um véu espesso (retalhado e sedutor) que cobre a dúvida? "A História do Diabo" do Vilém é agora um dos meus instrumentos mais precisos para a tentativa de corrosão de tantas perguntas. O livro deixa diante do abismo de frases mágicas e lógicas vindos num pacote que tem lá suas doses propositais de tensões. Tal brutalidade que serve muito mais que uma simples anestesia para as nossas inquietações; é um portal cristalino e poético mesmo que haja o argumento a poesia possui seus fios defeituosos que re-decodifica o que se estabeleceu o que é "real" - na verdade é truque vaidoso de nossos desejos e ele se utiliza deste recurso de forma muito sóbria como quem não se contaminou; "quero sentir vontade" para a possível felicidade que são fumaças perfumadas e raras que entrelaçam nossas narinas e nos levam a incertezas deliciosas e gozos profundos. Este tratado nos trás a consciência objetiva que o mundo, "deus" e "diabo" e as coisas são frutos de nossos mais extremos anseios que estão ai para concretizar literalmente as vertigens que camuflam este tedioso mundo que carece de um convincente significado, pois já é fruto do absurdo total que foi a criação do universo. Somos Deus, somos diabo, maestros defeituosos, mas com uma posição privilegiada e apaixonada (??) no caleidoscópio interpretativo da existência. Tudo ao nosso redor é prova disso, basta sintonizar-se nesta gosma (Terra) que consome sua própria pele afim de ser um só corpo, unicelular, como se quisesse se calar prazerosamente para sempre. É loucura sendo comprimida à zero, como o vazio é em seu estado bruto.
Sei que sou um tremendo tolo nestes pensamentos. Sou um feto do que já foi tratado em linguagem (ou entulho), mas me instiga e surpreende de forma muito honesta.
Prévias conclusões me dão este prematuro sinal: só contempla realmente a vida quem já desceu seus mais obscuros e lamacentos degraus que nada mais são que adubos sinceros. Depois de relarmos no que chamamos de morte passamos a respirar com mais vontade, pois enamoramos por alguns instantes as caricias do silencio inalcançável ou, em outras palavras, o nirvana por meio daquilo que poucos conseguiram traduzir: o amor, a extensão mais nobre de todo apetite. Depois que tomamos consciência disso, queremos noticiá-lo ao mundo por meios absurdos, gulas, dorzinhas, grunhidos e luxúrias que tomam cores e formas em nossos corpos e na natureza, aromatizados e
genuinamente dementes marchando paradoxalmente para a extremidade(útero).


"E se você notar o demônio em você
O anjo em mim
Jesus em você
O diabo em mim
"

(Echo & The Bunnymen - Angels And Devils)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Shadow Project - poetry


Exausto, ele cai na cama.
Enrolado num entulho, o local do enterro.
Perdido num embaraçoso desmaio,
Ele permanecia deitado ali apreciando a derrota
- A simpatia o deixou imóvel -

Quando a fumaça dissipou
Ele rezou para que alguma coisa acontecesse

A luz de uma vela de aniversário
Extinguiu-se em nuvens de olhares distantesde prédios abandonados
Que começaram a chorar
Confundindo uma confortável ilusão

"Se eu amei a praga exterior,
Eu imploraria para ser libertado.”

Usando suas mãos,
Sua própria carne pneumática
Mediu sua seringa e ateou fogo ao próprio corpo.
E um som horrível ecoou na parede,
Deixando um rombo no topo de sua cabeça

Observou que sua mão esquerda,
Poupada pela morte,
Feriu seu peito
Punindo a pele negra da sua alma

Caído na calçadaUm aço liso inoxidável esticou-se
Na forma de uma pesada esteira de fábrica que estendeu seus pecados
- Seu corpo não podia controlar o medo profundo
Do assassino que o mirava-

Com respiração ofegante,
Ele apanhou com muletas
E foi violentado por sua própria sexualidade
Este homem é um símbolo da força
- Um legado da hostilidade e da verdade -

Uma desculpa abafada permanecia sussurrando
“O humilhado morrerá.
Morre como se congelado
Imobilizado contra o chão”

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

poeta negro (Antonin Artaud)


Poeta negro, um seio de donzela
te surpreende poeta amargo, a vida borbulha
e a cidade arde, e o céu se forma em chuva,
e sua pluma arranha o coração da vida.

Selva, selva, os olhos formigam
nos pináculos multiplicados;
cabeleira de tormenta, os poetas
montam sobre cavalos, cachorros.

Os olhos se enfurecem,as línguas giram o céu...
flui as narinas como de azul leite materno.
estou suspenso em suas bocas
mulheres, duros corações de vinagre.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

drowning like the garden

Na ultima tarde, um som seco parecia ser o condutor dos raios amarelos daquele sol já cansado. Uma velha curvada trilhava a plantação morta enquanto a moça debruçada na janela era tomada por um tédio suave.
Apenas o vento opaco borrava aquele cenário – sopro que tecia um eterno acordo com as mais estranhas memórias. A distancia desenhada no horizonte embalava a saudade. “Estarei sempre a sua volta. Eu voltarei...”.
De onde vinham essas palavras anestesiantes? O cativo crepúsculo impedia qualquer suicídio...
Mesmo no auge da nostalgia, não é delicioso pensar que algum amor amortiza nossa queda?
Permanecer é vaidade.