sexta-feira, 4 de setembro de 2009

drowning like the garden

Na ultima tarde, um som seco parecia ser o condutor dos raios amarelos daquele sol já cansado. Uma velha curvada trilhava a plantação morta enquanto a moça debruçada na janela era tomada por um tédio suave.
Apenas o vento opaco borrava aquele cenário – sopro que tecia um eterno acordo com as mais estranhas memórias. A distancia desenhada no horizonte embalava a saudade. “Estarei sempre a sua volta. Eu voltarei...”.
De onde vinham essas palavras anestesiantes? O cativo crepúsculo impedia qualquer suicídio...
Mesmo no auge da nostalgia, não é delicioso pensar que algum amor amortiza nossa queda?
Permanecer é vaidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário