segunda-feira, 29 de março de 2010

um tiro na fuça

sabe aquele que está nas suas costas?

"Não tenham medo em seus corações de coisas como elefantes selvagens. Porém, o que devem temer são as más companhias! Um elefante selvagem destrói apenas o corpo da pessoa; ele não pode destruir seu coração. No entanto, a má companhia destrói ambos. Se você for morto por um elefante selvagem, não cairá em nenhum dos três maus caminhos (inferno, fome e animalidade). Mas se as más companhias o levarem a morte, você certamente cairá em um dos três!" - Sidarta Gautama (Sakiamuni ou Buda)

terça-feira, 23 de março de 2010

lamento de fim de tarde


"Escrevia silêncios, noites, anotava o inexprimível.
Fixava vertigens.
Criei todas as festas, todos os triunfos, todos os dramas.
Tentei inventar novas flores, novos astros, novas carnes, novos idiomas."


Text: Arthur Rimbaud
Collage: me

sexta-feira, 12 de março de 2010

R.I.P Glauco

Um dos grandes cartunistas “alternativos” dos anos 80 de SP e seu filho tiveram as vidas ceifadas em Osasco. Uma pena. Contra quem tem talento artístico, esse tipo de crime me comove...

"Pelo humor é possível falar sobre coisas sérias, como a condição humanam a miséria, o medo, a prisão. É algo seríssimo"

aquele que se esconde


O dandi parece adormecido no meio de restos da cidade. Seus passos solitários tem o peso das vozes e imagens fúteis que cercam. Ele nunca será um soldado derrotado, mesmo com os olhos serrados, sabe distinguir o seu silencio precioso daquelas que gritam em vão e ainda santificam de forma vulgar a fatalidade do nascimento. Seus sonhos elevados por fumaças são portais do limite das percepções. Como a multidão criada em laboratório lhe causa pânico e risos... A mentira do mundo se estabeleceu como lei da deformidade. Não existem palavras que possam abraçar o todo, apenas o que está em nosso alcance. Ele se lamentou por aqueles que se vêem ainda empolgados pelas sensação da carne, que vivem com medo de não apanharem objetos além de bom prato que alimente a alma. Ele rezou durante a infância para seu deuses particulares, pediu que não fosse acordado por barulhos e motores ou relinchos de gente medíocre. Não caístes em ilusões arrogantes, construindo seu próprio berço de horror e conforto. No amor ele ainda crê, pois está suspenso como um pendulo feito de seda ou fio de teia de aranha. Mas não o irritai por pouco, pois ele acredita que a morte e a destruição ainda é pouco para quem o desrespeita. É a fatal inspiração da renovação como banquete de abutres....Um corpo meio infantil, quase intocado, lágrimas de orvalho que provam que a beleza é a simplicidade.