sexta-feira, 12 de março de 2010

aquele que se esconde


O dandi parece adormecido no meio de restos da cidade. Seus passos solitários tem o peso das vozes e imagens fúteis que cercam. Ele nunca será um soldado derrotado, mesmo com os olhos serrados, sabe distinguir o seu silencio precioso daquelas que gritam em vão e ainda santificam de forma vulgar a fatalidade do nascimento. Seus sonhos elevados por fumaças são portais do limite das percepções. Como a multidão criada em laboratório lhe causa pânico e risos... A mentira do mundo se estabeleceu como lei da deformidade. Não existem palavras que possam abraçar o todo, apenas o que está em nosso alcance. Ele se lamentou por aqueles que se vêem ainda empolgados pelas sensação da carne, que vivem com medo de não apanharem objetos além de bom prato que alimente a alma. Ele rezou durante a infância para seu deuses particulares, pediu que não fosse acordado por barulhos e motores ou relinchos de gente medíocre. Não caístes em ilusões arrogantes, construindo seu próprio berço de horror e conforto. No amor ele ainda crê, pois está suspenso como um pendulo feito de seda ou fio de teia de aranha. Mas não o irritai por pouco, pois ele acredita que a morte e a destruição ainda é pouco para quem o desrespeita. É a fatal inspiração da renovação como banquete de abutres....Um corpo meio infantil, quase intocado, lágrimas de orvalho que provam que a beleza é a simplicidade.

Um comentário:

  1. Incrivél! Surreal...sem palavras, amei mesmo!

    Parabens e boa sorte neste incrivél caminho...

    Abraços!

    Edson Carvalho

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