sexta-feira, 25 de julho de 2014

Cadavres Exquis #11


Este set inspiradíssimo dá uma breve idéia do que será a minha discotecagem do dia 9 de Agosto na Festa Enter The Shadows. E este clima frio ajuda nesta espécie de imersão auditiva. Hoje, às 21hs na Rádio Enter The Shadows.

1. The Legends - Today
2. Zwischenfall - Tausend Jahre
3. Almeria - Funambule
4. Punishment of Luxury - Puppet Life
5. Mark Lane - Who's Really Listening?
6. Buzz - Contact
7. Secret Troop - Waiting For A Call
8. The Sinister Cleaners - This Is Not A Drug Song
9. Actifed - Creation
10. Odessa - Lowly Ceremony
11. The Past Seven Days - So Many Others
12. Indians In Moscow - Indians In Moscow
13. Résistance - Washed Out Colours
14. Cadaver Em Transe - Inverted
15. Akubi Object - Black Day Rewind
16. Lebanon Hanover - Stahlwerk
17. Östro 430 - S-Bahn
18. Chrisma - Black Silk Stocking
19. Boris Dzaneck - Dance
20. Opposition - New Homes

quinta-feira, 24 de julho de 2014

27ª Festa Enter The Shadows

 
Os DJs residentes Luminati (Wake The Dead) & Tonyy (Treibhaus / Armageddon) recebem nessa edição da Festa Enter The Shadows dois DJs que tem programas semanais na Rádio Enter The Shadows. Sandro F., especialista em música alternativa alemã que mostra toda terça feira seu trabalho no programa Nacht, e Rodrigo Heltir, ...veterano da cena death rock paulistana que às sextas também mostra raridades de gothic rock em seu programa Cadavres Exquis.

Cultuado no início anos 90, o fanzine Enter The Shadows criado pelo DJ Tonyy (Projeto Black Sundays / Neon Lights) virou festa em 2012. Resgatar sons clássicos de pistas que fizeram história na noite paulistana como Treibhaus, Retrô e Armageddon, tocando o melhor do goth, dark wave, dreampop, synth, e principalmente NOVIDADES desses gêneros é a proposta da festa que nesse ano de 2014 está em um formato mais intimista no dancing bar Purgatorium Noventa na rua Augusta.

Os 50 primeiros que chegarem antes das 23h30 ganham nosso drink especial de boas vindas!

Não esqueça de ouvir a Rádio Enter The Shadows : www.entertheshadows.com.br . Lá vc escuta o que rola na festa, incluindo os programas dos DJs Luminati e Tonyy

http://rodheltir.blogspot.com.br/

https://www.facebook.com/programanacht

Serviço:

27ª Festa Enter The Shadows

Data: 9 de agosto, 22h30
DJs: Luminati, Tonyy, Sandro F. e Rodrigo Heltir
Local: Purgatorium 90, Rua Augusta, 552, São Paulo
Informações/reservas: (11) 9-9301-9390 ou festaentertheshadows@gmail.com
Entrada: R$ 10
Acesso para deficientes. Não tem estacionamento próprio.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Cadavres Exquis #10

Hoje, às 21hs na Rádio Enter The Shadows.



  1. Charge - Ugly Shadows (Celebration of a Greyed Country)
  2. Sonic Youth - The Burning Spear
  3. V2 Schneider - Paranuss
  4. Skeletal Family - Someone New
  5. Dead Neighbours - Wreckage of Your Mind
  6. KUKL - Dismembered
  7. Fade To Black - Forward From Hell
  8. Death in June - All Alone in Her Nirvana
  9. Die Krupps - Volle Kraft Voraus
  10. Auswei - Mecaniks
  11. Shiva Burlesque - Indian Summer
  12. Secret Life - Simulate
  13. Chromagain - Spot
  14. Wire - Pink Flag
  15. Dezerter - Ku Przyszłości
  16. Piano Magic - The Blue HHHour
  17. Flesh For Lulu - Baby Hurricane
  18. Look Back In Anger - Executioner
  19. The Modern Mannequins - Possibilities
  20. No More - Waiting for the Man*

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A melancolia vibrante dos Chameleons


Prometi uma vez que escreveria algo sobre os The Chameleons, uma das minhas bandas de cabeceira. Bem, o selo Blue Aplle não tem deixado a desejar quanto aos relançamentos da banda. Porém, dificilmente veremos por esta pequena editora uma reedição do álbum Strage Times, uma vez que os direitos pertencem a major Geffen. No entanto, para compensar, eu deixa deixo a disposição aqui um texto que o lusitano Luís António Coelho fez há mais de anos atrás para seu extinto blog. Além de nos instigar a uma audição mais apurada deste clássico, este artigo não deixa de ser um dos únicos tratados bem escritos na lingua portuguesa sobre este que é um dos maiores rebentos pós-punk de Manchester.

Por muito inovadoras e alternativas que se julguem, a maior parte das bandas de rock alternativo passam a vida a fazer o mesmo álbum. E normalmente, fazem-no cada vez pior. É uma característica que se tem acentuado na última década e que, inevitavelmente, irá também afectar as bandas que surgiram nesta última fornada. Por muitos elogios que a crítica ainda dedique aos Strokes, aos Franz Ferdinand, aos Kaiser Chiefs e aos Interpol, daqui a dois ou três anos esses mesmo críticos vão estar de costas voltadas para elas a cavarem a sua sepultura e a anunciarem as próximas grandes bandas que, essas sim, é que serão o supra-sumo da barbatana do rock alternativo. Alguém, por acaso, ainda se lembra do endeusamento que crítica fez dos Suede, dos Manic Street Prechers, dos Placebo e dos Kula Shaker durante os anos 90?
 
Os Chameleons foram uma banda de rock alternativo dos anos 80 que passou a vida a fazer o mesmo álbum e a fazê-lo cada vez melhor. Apesar de não andarem muito longe daquilo que os The Sound, The Church, os U2 e os Echo & Bunnymen faziam em meados dos anos 80, os Chameleons tinham uma sonoridade única, tão apaixonada como nostálgica, e rapidamente identificável. Mark Burgess (voz e baixo), Reg Smithies (guitarras), Dave Fielding (guitarra e teclas) e John Laver (percussão) criavam hinos, mas também evocações, despertavam angústias, mas também conforto, e a sua energia, apesar de melancólica, nunca é depressiva. Pelo contrário, a melancolia dos Chameleons é o melhor antídoto contra a depressão, porque é uma melancolia vibrante. A melancolia de estar sozinho na praia, num dia de inverno, a ouvir o som arrebatador e intimista do mar, sabendo que não há mais nada que nos faça sentir tão próximos nós mesmos. E mesmo quando é amargurada, nunca nos faz sentir derrotados. E mesmo quando é revoltada, nunca é simplista nem degradante. Um som visceral e onírico que nos faz também sentirmo-nos ouvidos. E não há música mais bela do que aquela que desperta no ouvinte a sensação de estar ele próprio a ser ouvido.
 
Se descontarmos a colectânea de primeiras gravações da banda, intitulada The Fan & the Bellows, a primeira versão de Strange Times teve o nome de Script of the Bridge. Datada de 1983, é já uma obra-prima, porque qualquer álbum que comece com "Don’t Fall" e termine com "View From a Hill", e pelo caminho tenha, entre outras preciosidades de valor incalculável, um monumento chamado "Second Skin", só pode ser uma obra-prima. Mas a segunda versão, de 1985, é ainda melhor. Chama-se What Does Anything Mean? Basically e, para além de ser o álbum que os Interpol gostavam de já ter criado, mas ainda não conseguiram, apresenta uma banda já perfeitamente consciente da sua singularidade.

 
Strange Times é a versão definitiva do testamento que os Chameleons tinham vindo a preparar ao longo dos anos. É um dos melhores álbuns de sempre da história do pop/rock, com uma música, "Swamp Thing", que só por si vale mais do que a discografia inteira de qualquer banda que a imprensa musical nos últimos anos tenha classificado como “the next big thing”. Porque é que nunca é mencionado nas listas de melhores álbuns de sempre daquelas publicações que só sabem fazer listas dos melhores álbuns de sempre?, não faço a mínima ideia. Mas sei que os críticos são suficientemente acomodados para pensarem que só porque conhecem os Sonic Youth, os Jesus & Mary Chain, os Pixies e os Stone Roses, já acham que sabem tudo o que é preciso saber sobre o rock alternativo dos anos 80.
 
Não é por acaso que Strange Times foi também o último álbum dos Chameleons (pelo menos, até 2001, quando Mark Burgess e companhia decidiram, surpreendentemente, voltar a juntar-se para lançarem Why Call It Anything?). É o álbum que, ao mesmo tempo que apresenta a maior evolução na identidade sonora da banda, sugere também uma atmosfera de despedida, ou de regresso a casa, que não se sentia nos discos anteriores. E isso torna-se bem claro pelo seu alinhamento. As cinco primeiras faixas são, todas elas, criações únicas na discografia da banda, tanto em termos de estrutura como na sua dimensão atmosférica, e não fariam sentido em nenhum dos álbuns anteriores. Mas são também canções que não se imagina mais nenhuma banda a criar sem parecer estar a querer imitar os Chameleons. As cinco faixas seguintes, que se sucedem uma às outras sem espaços de intervalo, formam uma espécie de unidade conceptual, simultaneamente épica e contemplativa, com uma doçura nostálgica sem a qual a música dos Chameleons deixaria de poder soar a Chameleons, criando uma visão retrospectiva da história da banda. E atenção que o conceptual, na música, não é uma propriedade exclusiva do rock progressivo ou do art-rock, como os críticos costumam dar a entender. Os temas entre "Time/The End of Time" e "I’’ll Remember" têm valor para serem ouvidos como criações independentes, mas é enquanto parcelas de uma só unidade que eles fazem mais sentido.
 
No entanto, é nas primeiras cinco faixas de Strange Times que os Chameleons se redescobrem a si mesmos. "Mad Jack" é a canção mais festiva da discografia da banda. Apesar de a letra, sobre a dependência de drogas, ser de uma euforia condenada, a música respira confiança e energia de rejuvenescimento por todos os poros. Caution, que em termos líricos repete a temática da canção anterior, começa com Burgess a entoar a mesma expressão de alegria despreocupada que utilizara no refrão em "Mad Jack" (“pa pa ra pa”), mas de uma forma muito mais fragilizada, até pela atmosfera sombria criada pelas guitarras e pela secção rítmica. Mesmo que o seu riso nesse início pareça um riso inconsciente ou alienado, é um efeito que acaba por intensificar ainda mais o carácter fatalista que a música irá desenvolver ao longo dos seus quase oito minutos, terminando com um grito de raiva e dor que é também um momento único de libertação. "Soul In Isolation" tem a mesma dimensão catártica de Caution e uma urgência agressiva e idealista, como só os Chameleons saberiam criar. Começa com a bateria a envolver-nos com uma dinâmica de provocação-resposta, seguida por uma guitarra a anunciar desde logo o estrondo que se adivinha, seguida pelo pulsar ameaçador do baixo e, no fim, pela voz inquieta e ameaçada de Burgess a cantar “Soul in isolation/I can hear you breathing down the hall/ Soul in isolation/I can hear you whisper through the walls”. Ao contrário da angústia adolescente do grunge e de todas as suas ramificações, a angústia dos Chameleons nunca se deixa contaminar pela degradação, nunca perde a sua dignidade redentora e nunca parece forçada nem caricatural. "Tears", uma canção dedicada um amigo da banda que morrera pouco antes da gravação do álbum, é dos momentos mais sóbrios e, ao mesmo tempo, comoventes de Strange Times, precisamente pela sobriedade com que a morte e o sentimento de perda e de isolamento são evocados.
 
"Swamp Thing" é, obviamente, um milagre da música alternativa. Para quem ainda não teve o privilégio de a ouvir, é a música rock como sempre julgámos ter ouvido o rock e nunca antes o ouvíramos verdadeiramente. Não só por ser uma canção em estado de graça desde o primeiro segundo, por ter um daqueles inícios que nos basta ouvir uma única vez para sabermos que nos irá fascinar para sempre, por progredir de forma simultaneamente tensa e evocativa, com variações rítmicas e sobressaltos nos precisos instantes em que achamos que é impossível que a música possa ficar ainda melhor, e por nos reconfortar, por fim, com o som gélido e inflamado de uma tempestade purificadora.
 
As faixas bonus que surgem na edição em CD de Strange Times são, mais do que meras curiosidades, verdadeiros complementos ao álbum original. Principalmente a versão alternativa de "Tears", o sublime "Paradiso" e as covers de "John, I’m Only Dancing" de David Bowie e de "Tomorrow Never Knows", um dos maiores clássicos psicadélicos dos Beatles, ao qual os Chameleons dão uma dimensão épica e uma inovação lírica, ao começarem a música com os primeiros versos de outro clássico dos fab four, "Everybody’s Got Something To Hide Except For Me and My Monkey".
 
Luís António Coelho

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Cadavres Exquis #9 (Especial Minimal Synths/Cold Wave)


Li uma vez que na senda espiritual é tempo de reverenciar o frio e a chuva, e nada mais conveniente que escutar a meia luz um belo set list de minimal synths/cold wave. Hoje às 21hs na Rádio Enter The Shadows. Enjoy!

  1. Martial Canterel - Austerton
  2. Poeme Eletronique - Atoman
  3. Vice - Extort
  4. Ceramic Hello - Footsteps In The Fog
  5. Le Syndicat Electronique - La Mort d´Une Mére
  6. Void Vision - Hidden Hand
  7. League Of Nations - Systematic Eyes
  8. The Royal Family & The Poor - I Love You (Restrained In A Moment)
  9. Somnambulist - Facing The Moon
  10. Frank Alpine - Night Tripper
  11. The Fallout Club - The Beat Boys
  12. In Trance 95 - Fairweather Friends
  13. M.A.L. - Overnight Train
  14. Dilemma - Dismember
  15. Sudeten Creche - Are Kisses Out Of Fashion?
  16. Three To Forgotten - Azuli
  17. Moev - Sunday Crisis
  18. Candidate - On The Ice
  19. Petra Flurr + Modernista - Terror Ist
  20. Victrola - A Game Of Despair

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Cadavres Exquis #8



1. Dixos Prosopo - B My Babe
2. Hazel O'Connor - Monsters In Disguise
3. Horsemen - And I Wish...
4. Taste Of Decay - This Station
5. Mary Goes Round - The Night
6. The Veil - Twist
7. Section 25 - Hold Me
8. Nina Belief - Exile Queen
9. Magic De Spell - Dancing
10. Three Johns - English White Boy Engineer
11. Modern English - Drowning Man
12. Malaria! - Macht
13. Throbbing Gristle - Convincing People
14. Felt - Trails of Colour Dissolve
15. Larve - List
16. Savage Republic - Spice Fields
17. Days of Sorrow - Wild World
18. Siiiii - Over
19. Sovjet War - Guns For Fun
20. Winter Light - Isao


Hoje na Rádio Enter The Shadows, às 21hs.