quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Apesar da proibição de sua mãe, indo brincar nos túmulos (Stéphane Mallarmé)

(A proibição de sua mãe de descer assim – sua mãe o que lhe disse o que tinha de fazer. Para ele isso se passa numa lembrança de infância, essa noite prescrita se ele se matasse, não poderia mais, adulto, consumar o ato.)

ele beberá de propósito para se reencontrar

Ele pode avançar, porque vai no mistério. (Não desce ele a cavalo sobre o corrimão toda a obscuridade – todo o que ele ignora dos seus, corredores esquecidos desde a infância.). Esse é o caminho inverso da noção da qual não conheceu a ascensão, tendo, adolescente, chegado ao Absoluto: espiral, no alto da qual permanecia como Absoluto, incapaz de mover-se, acedendo e mergulhando dentro da noite pouco a pouco. Ele acredita atravessar os destinos dessa noite memorável: enfim chega onde deveria chegar, e vê o ato que o separa da morte.
Outra travessura.
Ele: eu não posso fazer isso seriamente: mas o mal que sofro é terrível, de viver: no fundo dessa confusão malsã e inconsciente das coisas que o seu absoluto isola ele sente a ausência do eu, que representa existência do Nada em substância, é preciso que eu morra, e como este frasco contém o nada por minha raça adiado até a mim (esse velho calmante que ela não tomou, os ancestrais imemoriais só o tendo guardado no naufrágio), eu não quero conhecer o Nada, antes de ter devolvido aos meus este porquê eles me engendraram – o ato absurdo que atesta a inanidade de sua loucura. (O inacabamento que seguiria e só ele mancha momentaneamente meu Absoluto.)
Isso desde que eles abordaram este castelo durante um naufrágio sem dúvida – outro naufrágio de algum grandioso projeto.
Não assovieis porque falei da inanidade de vossa loucura! silêncio, nada dessa demência que quereis mostrar propositalmente. Pois bem! se voz é tão fácil retornar ao infinito para procurar o tempo – e vir a ser – será que as portar estão fechada?
Só eu – só eu – vou conhecer o nada. Vós, volvereis ao vosso amálgama.

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