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sábado, 7 de dezembro de 2013

Invictus (William Ernest Henley)


Dentro da noite que me rodeia
Negra como um poço de lado a lado
Agradeço aos deuses que existem
por minha alma indomável

Sob as garras cruéis das circunstâncias
eu não tremo e nem me desespero
Sob os duros golpes do acaso
Minha cabeça sangra, mas continua erguida

Mais além deste lugar de lágrimas e ira,
Jazem os horrores da sombra.
Mas a ameaça dos anos,
Me encontra e me encontrará, sem medo.

Não importa quão estreito o portão
Quão repletade castigo a sentença,
Eu sou o senhor de meu destino
Eu sou o capitão de minha alma.

domingo, 17 de junho de 2012

Day (Shadow Project poetry)


A morte provoca. Ela se satisfaz com promessas de gratidão: promessas de paz eterna
A morte interpreta. Seu mistério. A dor, sofrimento e perda. A morte oferece refúgio. Confiança não é o que ela oferece. Morte, ela mente. "Se eu segurar minha vida em minhas mãos, ninguém vai entender..." A vida é uma escolha. A morte é uma escolha. A escolha é sua liberdade. A escolha é inteiramente sua. Não. Não é bem assim... Nem sempre.

(Rozz Williams)

sábado, 17 de março de 2012

existo todavia ...

Vivem em nós inúmeros;
Se penso ou sinto, ignoro
Quem é que pensa ou sente.
Sou somente o lugar
Onde se sente ou pensa.
Tenho mais almas que uma.
Há mais eus do que eu mesmo.
Existo todavia
Indiferente a todos.
Faço-os calar: eu falo.

Os impulsos cruzados
Do que sinto ou não sinto
Disputam em quem sou.
Ignoro-os. Nada ditam
A quem me sei: eu 'screvo.

sábado, 29 de outubro de 2011

O Amigo (Lúcio Cardoso)


Pela noite chegou como se já estivesse, tão presente aos sentimentos, tão grave
na certeza e na renúncia de esperar melhor;
talvez, se juntos ainda pudessem caminhar
e uma lição do passado não fosse abdicada.

A calma depois, e nunca o esquecimento,
que é tão difícil quando se é tão pobre
e é preciso acreditar nas menores coisas,
no que foi, no que não será jamais,
porque tudo é diferente, e sonhamos muito,
porque tinha de ser - e se o caminho é este,
caminho de urzes e fogos sem consolo,
e também porque os sonhos não persistem
e somos fracos, com tanta, tanta luz
e um tão vasto tempo para a vida, antes que a morte levante a sua sombra
e tudo cesse no eterno esquecimento