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sábado, 2 de janeiro de 2016

ano novo?

Eu poderia dizer o que todos desejam ouvir,
Mas preciso sair do guarda-chuva da cultura.
Quero te surpreender em movimento
Para juntos avistarmos as impurezas do branco!
Eu sei do conforto que o cumprimento das leis oferece,
Mas a obediência é também traição a si. É restrição.
A felicidade rasa é para os que desconhecem as escalas do que é totipotente.
Começar um ano é também sentir o cheiro da fumaça da tocha acesa,
Mas não sinta horror do indefinido percurso ou do declínio.
O ser imperfeito sempre sacrifica suas fichas e se preenche na ilusão da perfeição.
Pode o imperfeito conceber a perfeição?
Saia do guarda-chuva por uns instantes também
E saiba o que é se misturar ao mundo.
Brinde com a taça pulmonar, cheia de ares,
O incompreensível, o inexplicável
E tudo aquilo que é incerto.
Dilate o espaço lançando suspiros revigorantes de recomeço,
Que antecipem à chama.
Sinta o cheiro do absurdo como um perfume.
Mais um ano, menos um ano.
Que diferença isso faz fora do instante?
Eu adoraria dizer o que todos querem ouvir,
Mas eu prefiro surpreender.
Vamos?

(O.G)

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

a little respect


Como exigir respeito do outro se o bem-estar e o respeito em si não existem? A equação é bizarra já que é impossível a trapaça no caminho que leva qualquer indivíduo a iluminação da consciência. Para o amor não existe meias verdades, pois a sua ação é plena a começar pelo zelo da sua morada (corpo) que consequentemente nos dá a noção de respeito mútuo.

domingo, 9 de agosto de 2015

Lucidez & Consciência


KARMA

Primeiro fique sozinho.
Primeiro comece a se divertir sozinho.
Primeiro amar a si mesmo.
Primeiro ser tão autenticamente feliz, que se ninguém vem, não importa; você está cheio, transbordando.
Se ninguém bate à sua porta, está tudo bem -
Você não está em falta.
Você não está esperando por alguém para vir e bater à porta.
Você está em casa.
Se alguém vier, bom, belo.
Se ninguém vier, também é bom e belo
Em seguida, você pode passar para um relacionamento.
Agora você se move como um mestre, não como um mendigo.
Agora você se move como um imperador, não como um mendigo.
E a pessoa que viveu em sua solidão será sempre atraídos para outra pessoa que também está vivendo sua solidão lindamente, porque o mesmo atrai o mesmo.
Quando dois mestres se encontram - mestres do seu ser, de sua solidão -felicidade não é apenas acrescentada: é multiplicada.
Torna-se um tremendo fenômeno de celebração.
E eles não exploram um ao outro, eles compartilham.
Eles não utilizam o outro.
Em vez disso, pelo contrário,
ambos tornam-se UM e
desfrutam da existência que os
rodeia.

Osho

segunda-feira, 6 de julho de 2015

CULPA (por Emmanuel)



"A noção de culpa, com todo o séquito das perturbações que lhe são consequentes, agirá com os seus reflexos incessantes sobre a região do corpo ou da alma que corresponda ao tema do remorso de que sejamos portadores..."

Quando fugimos ao dever, precipitamo-nos no sentimento de culpa, do qual se origina o remorso, com múltiplas manifestações, impondo-nos brechas de sombra aos tecidos sutis da alma.
E o arrependimento, incessantemente fortalecido pelos reflexos de nossa lembrança amarga, transforma-se num abscesso mental, envenenando-nos, pouco a pouco, e expelindo, em torno, a corrente miasmática de nossa vida íntima, intoxicando o hausto espiritual de quem nos desfruta o convívio.
A feição do ímã, que possui campo magnético específico, toda criatura traz consigo o halo ou aura de forças criativas ou destrutivas que lhe marca a índole, no feixe de raios invisíveis que arroja de si mesma. É por esse halo que estabelecemos as nossas ligações de natureza invisível nos domínios da afinidade.
Operando a onda mental em regime de circuito, por ela incorporamos, quando moralmente desalentados, os princípios corrosivos que emanam de todas as Inteligências, encarnadas ou desencarnadas, que se entrosem conosco no âmbito de nossa atividade e influência.
Projetando as energias dilacerantes de nosso próprio desgosto, ante a culpa que adquirimos, quase sempre somos subitamente visitados por silenciosa argumentação interior que nos converte o pesar, inicialmente alimentado contra nós mesmos, em mágoa e irritação contra os outros.
É que os reflexos de nossa defecção, a torvelinharem junto de nós, assimilam, de imediato, as indisposições alheias, carreando para a acústica de nossa alma todas as mensagens inarticuladas de revolta e desânimo, angústia e desespero que vagueiam na atmosfera psíquica em que respiramos, metamorfoseando-nos em autênticos rebelados sociais, famintos de insulamento ou de escândalo, nos quais possamos dar pasto à imaginação virulada pelas mórbidas sensações de nossas próprias culpas.
É nesse estado negativo que, martelados pelas vibrações de sentimentos e pensamentos doentios, atingimos o desequilíbrio parcial ou total da harmonia orgânica, enredando corpo e alma nas teias da enfermidade, com a mais complicada diagnose da patologia clássica.
A noção de culpa, com todo o séquito das perturbações que lhe são consequentes, agirá com os seus reflexos incessantes sobre a região do corpo ou da alma que corresponda ao tema do remorso de que sejamos portadores.
Toda deserção do dever a cumprir traz consigo o arrependimento que, alentado no espírito, se faz acompanhar de resultantes atrozes, exigindo, por vezes, demoradas existências de reaprendizado e restauração.
Cair em culpa demanda, por isso mesmo, humildade viva para o reajustamento tão imediato quanto possível de nosso equilíbrio vibratório, se não desejamos o ingresso inquietante na escola das longas reparações.
(...)

quarta-feira, 17 de junho de 2015

E a máscara sempre cai


Por trás de fatos consumados, e que poderiam me assombar mais, houve sempre desculpas imaturas que não merecem importância, no entanto ficam evidentes a cada dia que as baixezas daquelas terras inférteis, de gente que não enxerga um palmo diante do nariz é uma praxe. Essas intrincadas e inferiores atitudes anulam qualquer anistia imediata. Gostaria de perceber menos com a intuição. A desconsideração e a pretensão andam de mãos dadas e comprovam os fingimentos e falsa de idéia de veneração. A carraspana de quem não tem nada de interessante a pensar ou de quem não tem poesia nas veias, tem efeito contrário. Ah estes fantasmas rasteiros que lambem as suas barras nas horas de zombaria, mas que espreitam tua próxima queda. Acho vulgar o brinde ao retrocesso. Agradeço a mais uma dura lição. Sigo em frente de mãos limpas e orgulhoso das qualidades que me foram contempladas.

sábado, 13 de junho de 2015

Voz da consciência


Então uma voz (e um luz que rodeava meu cérebro) me falou:

- Álcool, cigarro, droga, tem uma energia pesadíssima de autodestruição. De fracasso. De autocompadecimento. É isso que você quer pra si?

Eu respondi: não! 

Percebi que as paisagens decadentes que me perseguiam os sonhos correspondiam a lugares, pessoas e situações que não compactuo no meu intimo. Acordei como se tivesse com a energia exaurida ou a áurea aflitiva. É simples: a lei da reciprocidade, do plano vibratório. Se eu estava ali, porque me permiti – mas se percebo o incomodo é porque em alguma ocasião dei abertura ao mal que ali fez casa. Pensamentos e atitudes condizem à natureza de nossos desejos. Campo pernicioso não são terrenos férteis para o amor, seja lá de qual natureza. 

Não desejo ser escravo, pois meu espírito é livre.

Já dizia o velho Chico: A solução do problema em matéria de influência nocivas, será alcançada se criarmos a força e a sugestão do bem no ambiente menos desejável que nos rodeie.

sábado, 14 de junho de 2014

Prova de que a palavra por vezes deforma totalidade do ser


Artaud, em todas as formas que exerce sua poética, busca a pre-sença em sua totalidade, ou seja, no movimento onde o ser se re-vela e se des-vela. Por isso — apesar da importância da linguagem em seu ser-no-mundo — renega a palavra do ente, a palavra dialogal que se presta ao papel de assessório da linguagem articulada. Na existencialidade, Artaud reivindica a palavra do Ser, a palavra-ser, a palavra-lugar, física e concreta, que se faz pre-sença, onde o pensamento possa expressar sem se tornar refém da linguagem meramente articulada, pois no mundo das representações, a linguagem em Artaud deve ser entendida como tudo aquilo que ocupa a cena e que pode se manifestar e exprimir materialmente numa cena e que — antes de tudo — se dirija aos sentidos, ao invés de se direcionar primeiro lugar ao espírito acostumado com a linguagem das palavras. Daí, o ser-no-mundo na possibilidade da substituição da poesia da linguagem por uma poesia do espaço que já não pertence estritamente às palavras, considerando que a poesia no espaço se dá como possibilidade de criar uma espécie de imagens materiais capazes de superar as imagens das palavras.
"Mas trata-se justamente de saber se a vida não é mais atingida por uma descorporização do pensamento com conservação de uma parcela de consciência num algures indefinível com uma estrita conservação do pensamento. Não se trata, contudo, de esse pensamento trabalhar no vazio, de cair na desrazão, trata-se sim de produzir-se, de lançar chamas, ainda que loucas. Trata-se de existir. (...) porque eu não chamo ter pensamento, ver corretamente, direi mesmo, pensar corretamente, para mim, ter pensamento é manter o seu pensamento, estar em estado de o manifestar a si próprio, de tal forma que ele possa responder a todas as circunstâncias do sentimento e da vida. Mas principalmente responder-se a si próprio[13].
Se a existência humana reside na possibilidade (ser-no-mundo) e não naquilo que foi dado (estar-lançado) significa que o homem tem a responsabilidade de se projetar para poder-ser e fazer da vida um projeto. E para que se realize a possibilidade deste ser-no-mundo como pre-sença, faz-se necessário ter a compreensão e a interpretação dos caracteres existenciais da abertura do ser-no-mundo.
Mas a compreensão e a interpretação aos caracteres existenciais da abertura do ser-no-mundo quando o ser-no mundo cotidiano se detém no modo de ser do impessoal, deve se dar com um propósito puramente ontológico para — mantendo-se distante da crítica moralizante da pre-sença, bem como de um discurso que se pretende uma "filosofia pura" — se abrir possibilidades de demonstrar o verdadeiro poder-ser da pre-sença. Porque toda compreensão traz em si a possibilidade de interpretação, o que significa uma apropriação daquilo que se compreende. Mas, considerando que as palavras não se prestam apenas ao papel de nomear as coisas, faz-se necessário uma hermenêutica para uma interpretação capaz de des-velar o sentido do Ser.
Devemos então considerar que, independentemente do projeto que o homem elege dentre as inúmeras possibilidades que se lhe abrem para a vida, uma se destaca como certamente realizável: a morte. A morte como a única experiência direta e vedada por princípio, considerando que esta experiência se apresenta apenas com a morte do outro. Mas é vivida como possibilidade existencial que cresce e amadurece à medida em que se vive.
É dizer que além de um ente que está-aí, lançado no mundo, o homem está lançado para a morte. É ser para a morte, para o nada que se apresenta como a possibilidade que define a existência.
Assim, daquilo que se pode chamar de existência autêntica, significa a consciência para a morte, não como uma eventualidade empírica, mas algo pelo qual a existência se define antes de qualquer coisa.

trecho extraído DAQUI