Mostrando postagens com marcador Tony Wakeford. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Tony Wakeford. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sol Invictus - The Cruellest Month

Após hiato de cinco anos, o Sol Invictus anunciou para o dia 10 de junho o lançamento do seu décimo sétimo álbum intitulado “The Cruellest Month”, pelo selo Auerbach Tonträger, subsidiário neo folk da Prophecy Productions, que também será responsável pela tão aguardada re-edição de parte do catálogo deste projeto capitaneado por Tony Wakeford. A expectativa para este novo trabalho é grande e com certeza não nos decepcionará. A diferença é que por mais que a fórmula musical seja a mesma, “The Crelleste Month”, mostra um certo amadurecimento sonoro, como se o músico estivesse à procura do som definitivo, beirando o tradicionalismo. No entanto, sabemos que este elemento mais acentuado não se trata mais de uma característica puramente de extrema direita (conceito declaradamente abandonado por Wakeford há anos, quando se desligou do British National Front), e sim, como alguns classificam como “apolitéica”, ou seja, uma influência direta do filosofo Julius Evola que dizia que um indivíduo apolitéico deve sempre incorporar sua 'distancia interna irrevogável dessa sociedade moderna e seus valores’, podendo fazer o uso das vantagens do progresso tecnológico, mas, ao mesmo tempo, “recuar para a floresta”. Neste trabalho acredito que a referência de Evola deve vir com mais força, porém vejo que há uma reflexão particular e poética sobre a crise que assola na Europa desde o estouro da bolha imobiliária dos EUA, uma potência em franca decadência. Os temas antigos do Sol Invictus pareciam de algum modo profetizar a atual situação; nas entrelinhas eles ainda procuram verbalizar a necessidade da preservação da identidade cultural cada dia mais (se não totalmente) diluída nas garras desse nocivo modelo financeiro já caduca (leia-se americanizado ou liberal). Na visão dos artistas adeptos do neo-folk e martial industrial a coisa piorou com a instauração do Euro - aos olhos dos mais pessimistas, foi a tampa do caixão para a maioria nações do velho continente. Já os idealistas enxergam no seu fracasso a oportunidade para se pensar numa “nova ordem”. No limiar destas verdades e utopias que “The Crelleste Month” se pronuncia. Nas palavras do próprio Wakeford o disco “É um pensamento sobre o envelhecimento e declínio dos indivíduos, impérios e estados. Trata-se de um questionamento se a crueldade da vida é simplesmente um reflexo da crueldade de deus ou se nós somos simplesmente cruéis para motivar a crueldade. É a utopia da zona livre*”.

*alusão a União Européia

Track list:
1. Raining In April
2. To Kill All Kings
3. The Sailor's Aria
4. Fools' Ship
5. Toys
6. Edward
7. The Bad Luck Bird
8. April Rain
9. Cruel Lincoln
10. Something's Coming
11. Stella Maris
12. The Cruellest Month
13. The Blackleg Miner

Formato: cd digipak

Encomendas aqui: Prophecy Productions

sábado, 1 de agosto de 2009

folk noire

Ano passado estive em contato com o João do selo português Extremo Ocidente que esporadicamente solta preciosidades limitadíssimas de neo-folk e martial em vinil e em cd principalmente as relacionadas à alguns projetos de Tony Wakeford (Sol Invictus). Uma que me pegou de assalto foi o EP The Affordable Holmes do Orchestra Noir com 29 minutos de gravações inéditas com prensagem de 999 unidades embalado em papel reciclado. Para quem não conhece, trata-se de um trabalho mais "filmico" de Wakeford que reproduz uma sonoridade mais experimental, dando aos instumentos clássicos bases arrojadas à uma música minimalista e ultra-romantica. Este é um mini cd inteiramente dedicado a Sherlock Holmes e em particular à série dos anos 80 com o Jeremy Brett, sendo o tema principal uma cover da banda do mesmo seriado.

Segue a letra e algumas notas do cd:


I saw a maiden by the riverside
Waiting for her lover to come by
She dressed her hair with a golden comb
Love it seemed had gaind the throne

Then he killed her - struck once, then twice
Then he killed her with his knife

From stately mansion to the lowest slum
Love and death beat their drum
Lovers, touch and lovers cry

Then he killed her - struck once, then twice
Then he killed her with his knife

How easily love's wine is spilt
How easily love's vine does will
Then he killed her - struck once, then twice
Then he killed her with his knife
___________

músicos:
Tony Wakeford - double bass, voice, sounds, electronics
M - percussion, sounds, electronics
Guy Harries - flute Richard Moult - piano
Mark Baigent - oboe
Ben Sansom - violin
Alexandria Lawrence - viola
___________________

"Burn out of obssesion"

Não é a vida toda patética e fútil? Sua história não é um microsmo perto do todo? Nós a agarramos. E o que é deixado nas extremidades de nossas mãos? Uma sombra. Ou mais que uma sombra, miséria!