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terça-feira, 30 de junho de 2015

Cuidado com a energia sexual – ela é a força criativa que move a vida


por Flávio Bastos
  
"Energia sexual é energia criativa que move a vida, nossas vontades e desejos”
(Carl Gustav Jung)

O objetivo desse artigo não é julgar moralmente o praticante do sexo casual ou adeptos das demais modalidades sexuais ditas não “convencionais”, mas resgatar do milenar ensinamento filosófico-religioso taoísta da China antiga, do também milenar conhecimento tântrico indiano e do secular espiritismo, algumas informações e tópicos que sejam compatíveis com o tema escolhido para o texto. É o que veremos a seguir.
O sexo, admirável fonte de felicidade e prazer, devido ao fácil apego que gera, sempre foi causa também de sofrimentos e deturpações. Prostituição e exploração sexual existem desde tempos imemoriais, mas atualmente adquiriram uma dimensão tal que o sexo, associado à propaganda, estimulado pela mídia e incentivado como uma maneira de viver, desviou-se totalmente da fonte de alegria e prazer que sempre foi.
A banalização do sexo veio como consequência da banalização do amor. Não deveria haver problemas ou proibições religiosas, exigências de celibato ou cobranças de fidelidade, mas como se perdeu a noção do que seja o amor e esse foi substituído pelo apego, gerando ciúmes, vinganças e desejos irrefreados de repetição do prazer sexual, o sexo acabou se tornando um problema a ser enfrentado e combatido.


SEXO, PERMUTA DE ENERGIAS

Sempre que corpos se unem num beijo, num abraço ou até num simples toque, ocorre uma troca de energias. Se a união é sensual, num beijo ou num ato sexual, a liberação energético-informativa hormonal que ocorre, estimula todas as células do corpo e torna a transferência energética muito mais intensa. A relação sexual é uma troca íntima de fluidos vitais, hormônios e energia sutil. O clímax, no orgasmo, é o ápice na formação de um vínculo energético entre os parceiros. Cria-se, então, uma memória energética celular comum, um evento que liga permanentemente os dois parceiros.
Desse ponto de vista não há sexo seguro, pois sempre há troca e vínculo energéticos que fazem com que o(a) parceiro(a) permaneça em nós. Dessa forma, como dentro da experiência sexual há uma troca química, hormonal e energética profunda, se o ato sexual é efetuado com pessoas fora de sintonia com a nossa frequência pessoal, todo o “lixo” daquela pessoa virá para desarmonizar a nossa vibração.

SEXO E AMOR

Toda vez que determinada pessoa convida outra à comunhão sexual ou aceita de alguém um apelo nesse sentido, em bases de afinidade e confiança, estabelece-se entre ambas um circuito de forças, pelo qual a dupla se alimenta psiquicamente de energias espirituais em regime de reciprocidade. Podemos questionar: Sem amor, por que querer nos ligar a alguém que pouco ou nada conhecemos?
O verdadeiro amor não é possessivo e não busca incessantemente o sexo, pois por si só já é desapegado e fonte inesgotável de prazer. Porém, atualmente, quando se fala de amor, fala-se de satisfação de carências do ego. Ama-se com o cérebro e não com o coração.
Ser atraente sexualmente e “livre” é a moda atual e vive-se em busca de valores sensoriais. Na falta de uma maneira mais profunda de se viver, mergulha-se no prazer dos sentidos como uma fuga, e o sexo é o maior desses prazeres. A sexualidade que deveria ser uma ponte em níveis mais elevados de consciência, perde-se no instinto e no apego sensorial, e erra o alvo correto que deveria ser a espiritualidade e a ligação espiritual/amorosa entre dois seres.

SEXO E (AUTO) RESPONSABILIDADE

Se não dominarmos nossos impulsos sexuais, poderemos ser prejudicados pelas amarras cármicas por onde fluem sentimentos entre as pessoas conectadas pelas relações sexuais. Por exemplo, se dormirmos com uma pessoa mal humorada, com crises de depressão, ou com muita raiva, passamos a vivenciar essas pesadas emoções de nosso(a) parceiro(a). Muitas vezes, inclusive, começamos a apresentar o mesmo comportamento daquele(a)…
Seria mais inteligente de nossa parte escolher com cuidado nossos(as) parceiros(as). O estado emocional que experienciarmos na hora da relação, será o que iremos implantar em nossos(as) companheiros(as). Antes de nos envolvermos com alguém, devemos ponderar amorosamente o que isso vai gerar na outra pessoa e em nós mesmos. Por isso, conhecer o caráter dessa pessoa, torna-se importante em toda relação de entrega íntima.
Sexo é espírito e vida a serviço da felicidade e da harmonia do universo. Consequentemente, reclama responsabilidade e discernimento, onde e quando se expresse. Por isso mesmo, o indivíduo precisa e deve saber o que fazer com com a sua energia sexual, observando como, com quem e para quem se utiliza de tais recursos, entendendo-se que todos os compromissos na vida sexual estão igualmente subordinados à Lei de Causa e Efeito; e, segundo esse exato princípio, de tudo o que dermos a outrem no mundo afetivo, outrem também nos dará.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Abraxas I e a era de Kali-yuga


Anotação: A existência destas outras coisas é aceitável a partir do momento em que vemos que a natureza funciona desta maneira.

Esse Deus da antiga e da Nova Aliança é, antes de tudo, uma figura extraordinária, mas não é o que realmente deveria ser. Representa o bom, o nobre, o paternal, o belo e também o elevado e o sentimental - está bem! Mas o mundo se compõe também de outras coisas. E todas essas coisas são simplesmente atribuídas ao Diabo; toda essa parta de mundo, toda essa outra metade é encoberta e silenciada. Glorifica-se a Deus como o Pai de toda vida, ao mesmo tempo em que se oculta e se silencia a vida sexual, fonte e substrato da própria vida, declarando-se pecado e obra do Demônio. Não a faço a menor objeção a que se adore esse Deus Jeová. Mas creio que devemos adorar e santificar o mundo inteiro em sua plenitude total e não apenas essa metade oficial, artificialmente dissociada. Portanto, ao lado do culto de Deus devíamos celebrar o culto do Demônio, isto seria o certo.. Ou mesmo criar uma deus que integrasse em si também o demônio e diante do qual não tivéssemos que cerrar os olhos para não ver as coisas mais naturais do mundo.
(Demian - Hermann Hesse)

PS: Há de se notar que, por muito tempo, talvez por culpa de nossa cultura guiada pelo ponto de vista judaico-cristã, que o sexo é tido como algo pecaminoso. E por pura revolta mal instruída muitas pessoas levam tal instinto por lado mais promiscuo e de auto violência. Se excede a maldade ao extrapolar os limites do próprio corpo. A promiscuidade é uma espécie de revolta desesperada, justificada numa espécie de "liberdade" as avessas. Em épocas de mulheres frutas & siliconadas e homens bombados encéfalos representam uma virilidade vulgar no banquete turvo de uma mercado fascista, globalizado e sem graça, é de se entender a validade de ser notado pela casca e não pelo abismo que o seu interior sucede. Não há de existir paz onde há o oposto do cunho sagrado que alguns povos como vikings, celtas, hindus, indígenas tinham em relação ao sexo e ao amor - hoje se "consagra" de forma deturpada mais a carne e se esquece do espírito como se esta não cobrasse, no futuro, juros quando ambos são mal cuidadas. Porém, é a tal coisa: poucos têm olhos para entender a verdade, cada um enxerga apenas o que deseja. E assim caminha a humanidade...