Mostrando postagens com marcador pós-punk. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador pós-punk. Mostrar todas as postagens

sábado, 20 de outubro de 2012

Cadavres Exquis - vol. 3



No dia 29 de agosto de 2009 eu postei a primeira coletânea tema deste blog. O que era para ser apenas um soundtrack sem pretensão chega ao seu terceiro volume. Cold wave, minimal synth e positive punk numa estranha (porém coerente) combinação faz da introspecção tão agradável quanto este frio fora de época. Música sub forma teatral, ruídos frágeis, momentos fugazes & dissonantes quem induzem a abstração e alivio para as almas mais sensíveis cansadas desta vulgar realidade.
Todas as músicas deste set list estão com taxa de bits 256kbps com normalização/ramasterização feitas no Sounforge, o que proporcionou uma sonoridade mais stereo aos sons ripados a partir de vinil. Para aqueles mais "old school" que quiserem queimar um cd de audio, dentro da pasta há o encarte colorido em tamanho 12 x 24 cm pra ser colocado nestes cases crystal slim.
Enjoy it!


1. Trendy Store - Power Supply
2. Magic de Spell - Faces
3. Das Kabinette - The Evil Of His Kiss
4. Niala Effen - Premier Interlude
5. Venus In Furs - In My Velvet Cage
6. No More - Dim the Lights
7. Excès Nocturne - Evacuation Immediate
8. Nico - Ghenghis Kahn (Finished Version)
9. Liquid Sky - Aliens Theme I
10. The Pack - Brave New Soldiers
11. 1000 Mexicans - Diving For Pearls
12. Moral - Frosty Nights
13. Ritual - Brides
14. Edwards Voice - Falling From Another High Building
15. Der Press - Total Corruption
16. Iron Curtain - The Condos
17. I'm So Hollow - Dreams To Fill The Vacuum
18. M.A.L. - Insects In Love
19. Decadance - On And On (fears keep on) (edit)
20. Lowlife - Eternity Road (12" Mix)


*download here*

domingo, 6 de maio de 2012

Cadavres Exquis - vol. 2


Depois de três anos decidi disponibilizar para download o segundo volume da coletânea tema deste blog, cuja a inspiração também foi impulsionada por este outono frio que acaricia a cidade de São Paulo, e nada como ter uma trilha sonora a altura para comemorar. Entre os nomes obscuros deste set list, acredito que The Chameleons seja um dos mais conhecidos; a banda marca novamente presença com a apoteótica "One Flesh". Melhor que escrever uma longa resenha é poder escutar este "humilde" registro, o que certamente deixará os verdadeiros amantes e adeptos do pós-punk/cold wave bem satisfeitos.

1. Kino Glaz - Batte La Luna
2. Past Seven Days - Rain Dance
3. Flowers For Agatha - The Common Enemy
4. Twice A Man - Girl
5. Music for Pleasure - Fuel To The Fire
6. Telepathic - We Are Telepathique
7. Wire Train - Like
8. Lars Falk - See My Friends Fall
9. Send No Flowers - Wall Of Convention
10. Di Leva - The Single Man
11. The Chameleons UK - One Flesh
12. Downers - Two Bicycles In Summertime
13. Teenage Brain Surgeon - Years Went By
14. Lost Loved Ones - Echoes Of The Past
15. Neutral Project - Ideal?
16. Trespass - Colours Of Love
17. Mark Lane - Poison For Me

*download here*

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Magnus Opus pra esquisitões, punks, goths & industriais...

Vocês já chegaram a imaginar que algum dia preciosidades em DVD do Alien Sex Fiend, Einstürrzende Neubauten ou Cabaret Voltaire poderiam sair um dia aqui, no Brasil? Se não fosse a Magnus Opus isso seria quase impossível...Com o catálogo repleto de raridades, filmes de artes e outras doideiras cinematográficas, esta editora resolveu também fazer a alegria dos amantes do punk rock, pós-punk e outros sons de vanguarda que já serviram como trilha sonora para algumas de suas películas que, em contrapartida, influenciaram diretamente tais estilos. Muitos dizem que a Magnus nada mais é que uma subsidiaria da reprodutora Continental, que se desintegrou devido a sérios problemas autorais (além das péssimas prensagens e erros na maioria de suas legendas, o que fez com que seus lançamento fossem postos sub suspeita). Alguns destes DVD’s musicais os quais me refiro fazem parte do acervo do lendário selo inglês Cherry Red. Não se sabe, devido esses boatos e evidencias de má reputação de pirateadora, se os direitos destas obras foram devidamente e legalmente licenciados – eu tenho as minhas dúvidas já que alguns títulos e capas autênticas foram ignorados ou alterados como se a intenção fosse burlar o detentor destes conteúdos. De qualquer maneira, é bom aproveitar este balaio, mesmo que os preços destas edições tupiniquins não sejam lá essas coisas. No entanto, vale lembrar que adquirir essas peças genéricas fica um pouco mais em conta, uma vez que se você for importar os originais corre-se risco de pagar aquelas malditas taxações da Receita Federal.
Confiram os títulos (que mais me chamaram atenção) com as respectivas sinopses que constam em seus versos:

Alien Sex Fiend - Edit+Overdose
Quando punk-rock surgiu no final nos idos de 1970, parecia que os anos 80 já estavam com sua estética musical definida, de tanto que foi seu impacto. Mas foi neste cenário que surgiu uma novidade avassaladora. O quarteto Alien Sex Fiend, subverteu tudo ao conseguir a ousadia de atrair os fãs de psychobilly, punk, goth rock e música eletrônica. The Cramps, Alice Cooper, Danielle Dax e The Stooges foram às referências para um crossover violento de ruídos eletrônicos com pedais de guitarra. Esta edição digital registra shows e clipes de 1983-87. Com isso podemos testemunhar porque Marilyn Manson parece uma criança ingênua perto de Nik Fiend.

Nico – Incognito & Library Theater Manchester
Uma das figuras mais enigmáticas e fascinantes do rock, Nico trabalhou e se envolveu romanticamente com várias lendas dos anos 60. Antes da música, ela foi uma top model de sucesso na Europa, fazendo também uma ponta em “La Dolce Vita” de Fellini. Na metade dos anos 60, mudou-se para New York e conheceu Andy Warhol, que foi a sua ajuda estratégica para a entrada no grupo Velvet Underground. Partiu para uma carreira solo com ajuda de John Cale, e fez história. Neste DVD encontra-se 2 show raros de 1983.


Divine – A Musa Do Underground
Ultrajante, bizarra, audaciosa, provocadora. E talentosa? Sim, Divine é uma performer completa. Foi, nos filmes de John Waters, que ela praticamente surgiu, fazendo papéis hilários. Divine (nome real é Harry Glenn Milstead) foi ator, cantor e dragqueen. No início dos anos 80, sua carreira na música deu um salto, por ela não ter concorrentes. Sua vulgaridade no palco a tornou única e original. Neste DVD temos 2 shows históricos e raros no lendário Hacienda Club, em 1983.

Felt - A Declaration
FELT foi uma das bandas de indie rock, mas enigmáticas da Inglaterra. Liderada pelo talentoso songwriter Lawrence Hayward, transformou sua obsessão Tom Verlaine e Television, numa sonoridade lânguida pop-minimalista. O grupo surgiu em 1979 e rapidamente se transformou num grupo cultuado, tendo como sua música principal a belíssima “Primitive Painters”, imortalizada no dueto com a Elizabeth Frazer (Cocteau Twins). Este DVD é o registro ao vivo de um concerto em Londres de 1987. Inédito no Brasil.

Cabaret Voltaire*
Depois do grupo alemão 'Kraftwerk', ter mixado a vanguarda da música eletrônica com a pop, aconteceu um lapso de tempo nos anos seguintes na música eletrônica. Em 1978 surgiu o 'Cabaret Voltaire' com a vanguarda 'crossover'. Nesse DVD poderá ser encontrado a mistura de videoarte, cinema, política, microfonia, pedais de efeito, colagens de gravações antigas, distorções de guitarras, bases eletrônicas, interferências magnéticas em 'low technology', dadaísmo e pós-modernismo.

Einstürrzende Neubauten - ½ Mensch
O japonês Sohgo Ishii é um influente e cultuado cineasta, acostumado a realizar filmes experimentais bem radicais. Em 1985, durante uma viagem do grupo alemão Einstürrzende Neubauten pelo Japão , Sohgo realizou um dos filmes mais impressionantes da arte contemporânea, misturando diversas linguagens: música, vídeo-instalação, dança Butô e cinema. Dentro de um contexto urbano apocalíptico, o Neubauten provoca um grande acontecimento artístico, unindo o caos com a cultura milenar japonesa. Fantástico.

Laibach - Passado e Futuro*
Laibach é um coletivo formado no início dos anos de 1980 na ex-Iuguslávia, qua conectava a música insdustrial, eletrônica, arte conceitual, teatro, espírito punk e discurso sócio-político. Laibach: Passado e Futuro - é um esclarecedor documentário, que mapeia a situação tensa e frágil que se encontrava toda a região oriental-socalista da Europa. Paralelamente, vamos conhecer a origem do Laibach e como eles enfrentaram o regime autoritário com shows transgressores, resultando até na expulsão deles do país.

Test Dept. – Program For Progress (82-84)*
Test Dept. foi um dos grupos mais obscuros e importantes da música pós-industrial da Inglaterra. Surgiu no sul de Londres em 1981 e fundiu o espírito do punk, com a sensibilidade revolucionária da vanguarda européia. Low-tech, barulhos orquestrados, restos de sucata, instalações esculturais, filmes antigos e música eletrônica, são os elementos para criar uma atmosfera caótica, dinâmica e original. Este DVD reúne vídeos-instalações produzidas entre 1982-84.

*Esses três títulos marcados com asteriscos, estão reunidos também numa caixa chamada Coleção Caos e Colapsos. Imperdível para os fãs destes ícones máximos da música industrial européia!

Buzzcocks - Auf Wiedersehen
O grupo britânico de Manchester, Buzzcocks, centralizado no trio de músicos - Pete Shelley, Howard Devoto e Steve Diggle, foram influenciados por um show de seus compatriotas Sex Pistols. Para formar uma das mais interessantes bandas de pop punk. O estilo energético e irônico acabou criando seguidores como The Fall e Green Day. Neste DVD temos o registro histórico de um de seus melhores shows, em Hamburgo de 1981

Sex Pistols – Em Longhorn, 1978
O Sex Pistols aterrorizou os americanos na pacata Longhorn, num show antológico de 1978. Johnny Rotter, Steve Jones, Paul Cook e o lendário Sid Vicious, colocam todo mundo em histeria coletiva, cantando os clássicos “Anarchy in the UK”, “God Save the Queen” e “E.M.I”. Este raro registro entrou para a história do grupo como um dos mais tensos, no meio de americanos violentos e desconfiados com a rebeldia insana do quarteto punk.

Jello Biafra Em Dead Kennedys Em 1984
Dead Kennedys entrou para o hall da música punk pelas letras selvagens e subversivas, além das performances eletrizantes que deixavam seus fãs enlouquecidos. Um de seus melhores shows foi registrado por Dirksen em São Francisco, 1984. Nazi punks Fuck off, MTV Get off the air, Police Truck, Bleend for me, We´ve got: A Bigger problem now, entre outras músicas, aparecem neste histórico show. As imagens são raras e não foram conservadas adequadamente, gerando variações de cores e dropouts. Mas de certa forma ela colabora para a atmosfera punk anarquista do mitológico grupo de Jello Biafra.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Cercada de mistérios, a onda dark vai às pistas

Bandas ainda desconhecidas de nomes impronunciávieis surgiram pela internet


Witch house assume influência da magia negra; som que toma festas fora do Brasil não deve virar moda aqui

CAROL NOGUEIRA
DE SÃO PAULO


Não é de hoje que música passa, de tempo em tempos, por vertentes sombrias. Basta lembrar do pós-punk, nos anos 1970, ou do rock gótico e da eletrônica que se fazia na década de 1980.
No ano passado, os góticos do The Horrors chamaram atenção da crítica e levaram até uma indicação ao Mercury Prize, a mais importante premiação da música britânica. O dark fofo da banda xx ganhou este ano o prêmio.
Em 2010, outra banda sombria conquistou crítica e público – o Salem (ou S4lem, como é estilizado). O trio, formado pelos cabeludos John Holland e Jack Donoghue e a loira sexy Heather Malatt, veio da pequena Traverse City, no Michigan, nos EUA.
Hoje, o grupo é um dos mais comentados nos blogs de música, ganhou repercussão no “New York Times” e virou trilha do desfile gótico de Guvenchy na última Semana de Moda de Paris.
O burburinho só aumentou após o lançamento do primeiro álbum, em outubro, intitulado “King Night”. Antes, veio o EP “Yes, I Smoke Cracl” (sim, eu fumo crack).
O Salem, que assinou em agosto com a Sony, também ficou conhecido por fazer (poucos) show para lá de confusos e dar raras entrevistas. Seus membros não falaram à Folha; o empresário afirma ter tentado convencê-los.
Em tempos de vampiros, zumbis e filmes “found footage” (leia texto abaixo) invadindo o cinema, a televisão e as livrarias, não espanta que surja também um gênero musical relacionado,
Chamado drag (arrastar), with house (house de bruxa) ou spookycore (rock assustador), o “novo gênero” tem bandas ainda desconhecidas, de nomes impronunciáveis e, não raro, símbolos que tornam impossível achá-los no Google, como sequências de cruzes e triângulos.
O burburinho começou na Internet, foi levado às rádios americanas e algumas festas já tocam esse som lá fora.
No Brasil, DJs ouvidos pela Folha acham pouco provável que a onda chegue aqui, a não ser que seja “muito misturado”. No máximo, podem fazer como o duo carioca Twelves, que remixou a sombria “Seven”, da artista Fever Ray, no ano passado.
O que chama atenção na cena é que mesmo entre os grupos que são considerados expoentes, há controvérsia sobre o que é o gênero e se ele é mesmo novo.
A explicação é que o witch house tem influências que remetem ao hip-hop e ao rock gótico, com batidas eletrônicas, baixo lá em cima e vocais muito recortados.
Também é comum influencia de ocultismo, bruxaria, ou magia negra. E, como todo bom dark, os músicos chamam atenção com maquiagem e roupas pretas.
A Folha conversou com quatro bandas para entender o que é, afinal, o with house. Os músicos não quiseram falar por telefone e pediram que seus nomes não fosse citados, apenas os de suas bandas. Assustador?

OPNIÃO

Morbidez da meninada de hoje é de assustar os velhos vampiros

ANDRÉ BARCINSKI
CRÍTICO DA FOLHA

Uma das grandes revoluções da Internet no panorama musical foi acabar com o conceito de ‘cena local”.
Antigamente, “cena” abrangia uma grupo de bandas ou artistas conectados geograficamente e que faziam música similar.
Várias partes do mundo tiveram as suas: Nova York e Londres geraram o punk, no meio dos anos 1970; Seatle teve o grunge e Manchester, a acid house. A Escandinávia gerou uma cena fortíssima de bandas de hevay metal extremo; Detroit teve o techno...
Com a interne, não importa mais de onde os artistas são, contanto que possam se encontrar virtualmente.
A cena de witch house – ou drag, ou haunted house, como preferem alguns, é assim; diversos artistas espalhados pelo mundo. Pouco se sabe sobre eles. O mistério é a alma do negócio.
“Sinto que muito do desenvolvimento musical acontece on-line. As cenas locais não são importantes”, disse ao site Pitchfork Christopher Dexter Greenpan, que grava como oOoOO (a pronúncia é “Oooo”).
Musicalmente, o witch house é simples: pop eletrônico lento, quase “ambient”, mas com um clima lúgubre que lembra os sons góticos de Sisters of Mercy e Cure.
Imagine o Portshead ou Massive Attack fazendo trilha de um filme de terror como “Atividade Paranormal”, substituindo a beleza etérea de sua canções por uivos e efeitos sonoros assustadores.
Outra influencia é o dubstep de Burial, o misterioso produtor inglês. Sua mistura de batidas eletrônicas minimalistas com melodias sombrias parece ter tocado fundo nos corações negros dos expoentes do witch house.
O que nos leva a outro fator importante para a cena musical: a obsessão em levar suas influencias ao extremo.
Desde que o rock surgiu, jovens sempre buscaram emular seus ídolos, adaptando a música ao próprio tempo. A tendência disso é uma radicalização sonora e estética.
O conceito de som “pesado” ou “extremo’ se estreita a cada dia, Uma banda como Black Sabbath, que praticamente inventou o heavy metal e era considerada uma aberração nos anos 1970, hoje pode tranquilamente ser ouvida em qualquer rádio comercial.
Os artistas de with house parecem muito influenciados pelo som gótico, uma vertente nascida nos anos 1970, marcada por sons triste e românticos,
E os vampiros de outrora, gente como o Bauhaus ou Siousxie, certamente se assustaria com a morbidez de hoje.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ian Curtis died 30 years ago today...


Exercício Um
Quando você é um estranho em seu quarto
logo, talvez se afogando
seria o início de tudo?
você liga sua TV
abaixa o volume de seu fone de ouvido
dá as costas a isso tudo
isso tudo está ficando demais
quando você está olhando a vida
decifrando cicatrizes
grupo tenso, todos aqueles
que se sentam imóveis em seus carros
as luzes parecem intensas
quando você alcança o lado de fora
hora de um último passeio
antes do fim de tudo

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

receita


Open the door
And leave behind the memories
This is for sure
Some things just had to be
And if you return
Then the sun will shine again
But I don't expect
That anything will ever be the same

Take something bad...and make it into something good. Take all you had...
just like the way I knew you would

And there is no time
And there is nowhere left to go
You give me a sign
A little thing that I should know
I read it in books
And I turned the page again
You got the looks
But nothing else will be the same

Take something bad...and make it into something good. Take all you had...
just like the way I knew you would

Take something bad...and make it into something good. Take all you had...
just like the way I knew you would

Take something bad...and make it into something good. Take all you had...
just like the way I knew you would

(Paul Haig - "Something Good")

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

....................ocean rain


Tudo ao mar outra vez
E agora os meus furacões
Fizeram desabar essa chuva oceânica
Para, novamente, me banhar.

O meu navio está a navegar
Você pode ouvir seu tenro casco
Gritando sob as ondas
Gritando sob as ondas

Todas as mãos no convés ao crepúsculo
Navegando em direção a portos mais tristes
O seu porto em minhas tempestades pesadas
Abriga os meus mais sombrios pensamentos

Estou ao mar outra vez
E agora os seus furacões
Fizeram desabar essa chuva oceânica
Para, novamente, me banhar.

Meu navio está a navegar
Você pode ouvir seu tenro casco
Gritando sob as ondas
Gritando sob as ondas
Gritando sob as ondas...


(Ian McCulloch)

domingo, 29 de novembro de 2009

The Danse Society


Com muita saudade do inverno, mole ao som de Twilight Ritual, vamos ao que prometi; um pouco mais de música. Com muita lembrança daquele clima “wave” falarei de um rebento do pós-punk que veio do norte da Inglaterra: The Danse Society.

(este texto já foi reproduzido inclusive no last.fm sem minha autorização. tudo bem que não é grande coisas, mas propositalmente fiz algumas mudanças para que lá as incluam também).

Em seu pesadelo
Todos somos tão felizes


O OMD foi além do Danse Society ou o Danse Society foi além de OMD? Sei que pode ser viagem minha, mas as duas bandas trilharam caminhos parecidos; no começo de suas carreiras, o som de ambas causavam certa angustia e resistência numa atmosfera ou inferninhos iluminadas a meia luz. Com o passar dos anos eles renderam ao white funk que buscava as danceterias mais sofisticadas iluminadas com néon ou laser.

Das duas, eu tenho mais propriedade de falar daquela vinda de Shedffield que está na lista das minhas (cinco?) bandas prediletas e as quais suas músicas me fazem viajar em cenas de filmes b como "Um Mundo Desconhecido" (1951), "Fantasma do Espaço" (1953)...Aliás, elas poderiam ser a trilha de trechos deles em alguma montagem feita por algum fã para o Youtube.

Tudo teve início no Y?, uma banda composta por Bubble (baixo), Paul Gilmartin (bateria), Paul "Bee" Hampshire (teclados), Dave Patrick (guitarra) e o andrógino Steve Rawlings (vocais/synths e percussão). Em 1979, após gravarem a faixa "End of Act One", que fez parte da compilação Bouquet of Steel (lançada em fevereiro de 1980 e que reunia bandas da cena local, e é um item raríssimo!), o Y? anexou dois membros do Lips-X; o guitarrista Paul Nash e o tecladista Lyndon Scarfe. O Lips X tinha acabado de lançar, com muito esforço, um mini álbum em k7 chamado Everything to Lose e tinha uma direção muito parecida com o Y? e a idéia de juntar os talentos foi certeira. Com a fusão, o grupo denonimou-se Danse Crazy. Bee deixou a banda e foi para o Japão onde formou o glam/new romantic Panache e, depois, de volta à Inglaterra, assumiu os vocais do Getting The Fear, composto pelos ex-integrantes do Southern Death Cult que posteriormente se transformaria no Into A Circle.

Com a repercussão da cena eletro de Shedfield, o Danse Crazy é convidado para participar do lendário The World's Second Science Fiction Music Festival mais conhecido como Futurama Festival que aconteceu no Queen's Hall onde dividiria o palco com alguns nomes conhecidos: Joy Division, Cabaret Voltaire, A Certain Ratio, OMD, Public Image Limited, Soft Cell. Este evento que reuniu audiência de mais ou menos seis mil pessoas foi transmito pela TV BBC em novembro de 1980. O Danse Crazy apareceu em rede nacional tocando a música "Sink" cujo estilo é um bom resumo de sua fase arcaica que lembrava muito o Trisome 21 (que faz sua segunda apresentação em SP amanhã) dos primeiros compactos. Depois disso seguiram algumas apresentações, incluindo um show de abertura no Manchester Poly para o Cure que os convida para outro gig numa festa de Natal que Robert Smith e seus companheiros organizaram em Londres.

Dave Patrick e Paul Hampshire decidem ficar em Londres para fazer fama e dinheiro, mas caem no anonimato.

No início de 1981, os membros remanescentes imediatamente se trancam no estúdio Hologram em Stockport para gravar a música "These Frayed Edges" com Lyndon Scarfe fazendo as bases de baixo e teclado. Em fevereiro, depois de diversas audições, Tim Wright é convocado para o baixo e um segundo tecladista é dispensado da formação da época que contava com Paul Nash (guitarra), Steven Rawlings (vocais), Lyndon Scarfe (teclados), Tim Wright (baixo) e Paul Gilmartin (bateria). Com mudança significante do som, a banda decide mudar de nome; eles mantém a palavra “Danse”, devido ao grande número de seguidores desde a sua primeira encarnação, e no lugar de “Crazy” colocam "Society" , inspirado num poster que continha a frase "o país e a sociedade ocidental" visto num show em uma universidade local.

Próxima parada no estúdio e desta vez no Ric-Rac em Leeds para gravar o single “Clock/Continent” editado em maio daquele ano pelo próprio selo, Society Records. Logo em seguida assinam com o recém inaugurado selo punk Pax Records (cujo dono passou ser o empresário dos rapazes) que o reeditou o 7” em agosto de 1981. Aproveitando o contrato, lançam o 12” "There is no Shame in Death" que continha três faixas gravadas na fase "Danse Crazy"; a faixa título, a instrumental "Dolphins" e a enigmática "These Frayed Edges".

"Freqüentemente nos comparam com Joy Division, não sei exatamente porque. Talvez pelo feeling; em todo caso, a nossa música é otimista." - afirmou Rawlings.

Em outubro de 1981 participam da primeira Peel Session. A gravação aconteceu na Universidade de Sheffield com um set de quatro músicas: "Womans Own", "Were So Happy", "Sanity Career" e "Love As Positive Narcotic". A session passou a ser uma das favoritas de John Peel e foi reprisada três vezes. Este registro também agradou tanto a banda que "Womans Own" e "We're So Happy" viram versões oficiais e acabam virando single. A transmissão projetou a muito bem o que resultou num grande review de um show no The Golf Club publicado na Malody Maker no começo de 1982.

Em fevereiro daquele ano saí a coletânea anti-guerra da Pax chamada Wargasm, a qual a banda participa com a música "Continent" num track list só com bandas punks. Seguem então suas as disputadas apresentação de suporte ao Theatre of Hate (no The Marples) e Killing Joke (seu segundo show em Londres).

Alguns meses depois o EP “Womans Own” é lançado nos formatos 7” e 12”, sendo que o full lenght tinha mais duas faixas: “Belief” e “Continent”. O Danse Society volta para Londres para abrir dois show do UK Decay; um no Marquee e outro no Zig Zag Club.

Outra gravação em estúdio e desta vez é para a demo de “My Heart” e decidem trocar de empresário.

Em outubro de 1982 sai o mini-LP Seduction (Society Records), item básico para qualquer amante do early goth britânico. O disco foi bem recebido; visitou alguns charts independentes e ganhou até uma edição japonesa.

Seu amadurecimento musical chamou a atenção de algumas gravadoras grandes. O estilo do Danse Society poderia ser até básico para quem está acostumado com o som de muitas bandas da época (levemente dançante, teclados hipnóticos e cold wave...), mas tinha algo especial que poderia dar uma nova cara ao techno-pop em voga. A atmosfera aterradora das músicas e o vocal sussurrado de Rawlings reproduzidos fielmente no stage fez com que a resposta por parte do público e da imprensa também fossem bem positiva.

Após o lançamento do single “Somewhere”, em 1983, o Danse Society assinou com a Arista. O primeiro registro pela major foi o single “Wake Up” seguido do full-length Heaven Is Waiting. Com o respaldo da major, vieram as primeiras aparições no Canadá e nos EUA (no Danceteria) ocasionando uma maior popularidade. O imaginário criado pelos temas combinado com as luzes, fumaças e projeções de vídeos no palco fornecem uma boa idéia do clima do álbum Heaven is Waiting que apresenta um som mais coeso e elaborado. Mesmo assim, sua venda não satisfez as expectativas da Arista que passou a exigir um som mais pop. O pedido foi atendido muito a contra gosto, resultando no single “Say It Again”, cujos diversos remixes acabaram entrando nas paradas dance/pop do EUA e Europa. Descontente com nova direção musical, Lyndon sai e um novo tecladista é recrutado: David Whitaker (ex-Music For Pleasure), que rapidamente se adapta dando uma outra dimensão ao estilo do Danse Society.

Os fãs torceram o nariz para a nova fase. Opondo-se ao contrato, eles tentam voltar às raízes gravando em 1986 o single “Hold On (To What You´ve Got)”, que acaba não alcançando as vendas exigidas. Havia planos de lançar um álbum chamado Heaven Again, mas a Arista engavetou com receio de mais um fracasso comercial.

Em 1987, já fora do cast da gravadora, a banda finalizou o LP Looking Through, um álbum com mais pontos baixos do que altos. Em sua contra capa contém o aviso de que aquele seria seu último trabalho. Steve Rawlings decide partir para formar o Society, que durou muito pouco, mas lançou dois singles (“Saturn Girl” e “Love It”), ambos produzidos por Youth (Killing Joke, Brillant, KLF..). Este trabalho revela quem era o culpado pela discórdia que levou a sua saída do Danse Society: o vocalista assumia a proposta mais funk orientada por baterias sintéticas pronta para as pistas de dança. Depois da desastrosa experiência, anos mais tarde ele passou a dedicar-se ao projeto de música eletrônica ambiente chamado Meridian Dream, enquanto o resto da banda tentou segurar a onda (ainda como Danse Society) com o também ex-Music For Pleasure Mark Copson (vocal) gravando demos e fazendo algumas apresentações na Espanha. Após isso, passam a se chamar Johnny In The Clouds, mas logo se separaram.

Em 2001 a Anagram Records relançou em cd o mine-LP Seduction no formato de coletânea, incluindo outros singles em seu track list. É da Anagram também a segunda edição digital com bônus tracks de Heaven is Waiting (a primeira saiu por volta de 1992 pela Arista/Great Expectations). Em 2007 o selo também reeditou Looking Through em cd, com um encarte bacana, porém sua remasterização é algo constrangedor...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Guerre Froide (editado originalmente no meu Junkeria Nefasta)

Um dos fenômenos mais comuns em épocas que a recessão criativa se acentua, é o apelo retrogrado de muitas áreas da arte. A febre eletro revivida no início dos anos 2000 e as insinuações da cold wave, ainda estão em alta, especialmente em modelos dirigidos na nova cena indie. Foi de olho nisso que os parceiros Yves Royer (vocals) e Fabrice Fruchart (guitarra/teclados) viram que algo do passado estava mal-resolvido e era preciso reescrever esse epílogo.

Talvez o estimulo desse revival também tenha sido dado em 2004, quando o selo alemão Genetic Music decidiu tirar do anonimato o único rebento em vinil do Guerre Froide – um EP contendo quatro canções. A memória resgatada no cd não continha nenhuma faixa extra e sua arte, obviamente em menor escala, continha uma réplica do pôster que vinha em sua edição original.Os admiradores desse tipo de som sentiram-se mais instigados do que totalmente satisfeitos com esse agrado. A procura de mais músicas em mp3 provenientes das duas raríssimas tapes viraram febre entre os aficionados nos fóruns de especializados. O Guerre Froide ganhara então o status de cult. Antes póstumo do que nunca...

A banda iniciou suas atividades em 1980 e era formada por Yves (que no fim dos anos 70 integrou diversas bandas punks como Stress e Banlieue Nord), Fabrice, Patrick Mallet (ex-Skniks, baixo) e Gilbert Deffais (programação). Como muitas bandas de sua época, agregava a poesia, as artes e a tensão bélica pós-Segunda Guerra (que inspirou seu nome) dentro de um som meio tosco, mas carregado de climas dirigidos por um baixo quase distorcido de tão grave e bits secos. Soava simples, introspectivo ao mesmo tempo agressivo. Essas combinações de “impacto” transcendiam com exatidão toda aquela névoa existencialista que há décadas pairou sobre a juventude francesa.

Após bem sucedidas apresentações nuns buracos nos arredores de sua cidade natal, Lille (situada na fronteira com a Bélgica), onde reunia um significativo número de fiéis admiradores, a banda partiu para a gravação da primeira tape – “Cicatrice”, editada pelo pequeno selo de Yves, o Cryogénisation Report Tapes.

No ano seguinte, Mallet debandava e dava lugar a Jean-Michel Bailleux. Uma nova integrante foi convocada: Marie-José Deffais entrava para agregar novos elementos eletrônicos com seu sintetizador analógico. Sua sonoridade ganhou um aspecto futurista-primitivo; minimalista e mecânico, o que pode ser comprovado no seu 12” homônimo de 1981. Esse som cru, repetitivo e monótono despertou atenção de muitos da mesma forma instantânea que durou a própria banda.

Após o desmembramento do Guerre Froide, Yves andou pelo underground tocando com o Gegenacht, banda com orientação mais industrial e performática. Uma sessão de estúdio e uma presentação ao vivo foram compiladas para a tape "At Home!" lançada em 1984. Era mais uma edição humilde da Cryogénisation responsável por outra fita do seu projeto posterior, o Pour L'Exemple que marcava retomada da sua parceria com Fabrice Fruchart. Esse projeto receberia mais atenção que os anteriores, durando de 1986 a 1992, chegando a produzir um EP também muito disputado pelos colecionadores. Musicalmente, essas investidas mostravam quase a mesma linha; ritmo marcial encoberto por um clima deliciosamente decadente.

Depois de anos de completo silêncio, o duo decidiu continuar a trajetória do Guerre Froide. Estimulados pela aclamada reedição do seu único EP, eles assinaram com o selo Brouillard Définitif e gravaram finalmente um álbum completo - "Angoisses et Divertissement". Para preencher seu line-up eles recrutaram um novo baixista: Samuel Druon. O cd compõe-se essencialmente de canções gravadas entre dezembro de 2006 e março de 2007. O álbum possui homenagens a dois grandes escritores do século passado como Antoine de Saint-Exupéry em "Saint-Ex" e Arthur Rimbaud com "L'Eternité" assim como readaptações de antigas canções como "A Corps Perdus" do Pour L'Exemple, das clássicas “Demain Berlin” (aqui com o subtítulo de “Zum Ende”) e "Romance", ainda uma reprise de “La Chanson d'Ian”, tirada da demo de 1980.

O lançamento chega como consolo pra os fãs e, como dito acima, algo tinha que ser feito para concluir esta fria fábula, porém esperamos que seu desfecho definitivo ainda demore a acontecer.

sábado, 29 de agosto de 2009

sonido


E a taba, como muitos sabem, nos proporciona bons momentos de contemplação de sons, livros, filmes...Semana passada acabei "acidentalmente" compilando um cd temático "Cadavres Exquis". Ainda não sei se vou colocá-lo aqui para download, mas distribuirei poucas cópias. Enquanto não disponibilizo acredito que muitas músicas (a maioria na verdade) são fáceis de encontrar na rede. Pela capinha e pelo set dá pra ter uma idéia do que tem embalado algumas tardes e noites "perigosas" deste blog.

1. Satin Wall - Dans le Profondeurs (4:00)
2. Die Vision - After The Sunset (3:49)
3. Haunted Staircase - Something For The Children (A New Kind Of Lullaby) (4:35)
4. Siouxsie and the Banshees - Slap Dash Snap (3:41)
5. Frustration - Waiting For The Bad Things (2:46)
6. Orchestral Manoeuvres In The Dark - Of All The Things We've Made (3:25)
7. Bene Gesserit - Nobody can know (2:49)
8. Theatre of Hate - Grapes of Wrath (4:12)
9. Fatal Gift - So Dear So Cheap (2:50)
10. D.Stop - Mission Suicide (3:14)
11. The Comsat Angels - My Mind's Eye (3:27)
12. Therese Racket - Eurockéenne (3:39)
13. Cinema 90 - In ultra violet (3:39)
14. The Names - Discovery (4:04)
15. ExKurs - Warten (2:55)
16. The Chorus - Barbarossa (3:50)
17. 9 Circles - Miss Love (3:16)
18. The Chameleons UK - Everyday I'm Crucified (3:31)
19. The Passions - The Swimmer (3:31)
20. Nico - Le Petit Chevalier (1:13)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

weekend n' roll


Com um clima de "vou dar um tempo da noite", este final de semana reserva uns programinhas bacanas para os noctívagos de plantão. Amanhã, eu e o Ghá faremos, talvez, nossa última discotecagem de pós-punk no Sexta Esquenta no Drops Bar para comemorar o aniversário da Tati Ribeiro, DJ residente do projeto que tem com seu namorado, o Bezzi (fala Fofó!). A seleção da "A Dark Design" será bem semelhante a apresentada no Astronete há alguns meses. Quem curte The Fall, Echo and The Bunnymen, PIL, The Cure, Nico, Frustration etc vai sair satisfeito. Para aqueles que não conhecem, o Drops já faz parte do roteiro de pré-baladas por ter se consolidado como uma agradável opção de encontro de amigos e conhecidos num ambiente "festa em casa (vitoriana)" com boa música e um cardápio de primeira.


Sexta Esquenta
Happy Hour
21h30 às 3h30
Sexta 28/08
R$ 15,00 de entrada (sem lista) ou R$ 10,00 de entrada (lista)
Lotação: 150 pessoas
Drops Bar - Rua dos Ingleses, 182, em frente ao teatro Ruth Escobar


---------------------------------


Sábado rola mais uma e aguardada edição do Let's Goth (subprojeto do Let's Rock) na Toy Lounge. Idealizado pelo DJ Humberto Luminati, a festa é uma das poucas e mais dignas do gênero que acontecem ainda em SP. Para quem curte crossover, industrial, dark/goth metal, post-punk e death rock este é o lugar - gente cagada e radical não faz parte do repertório, pois, assim como o Drops, o seu conceito é do tipo "vamos reencontrar os amigos e nos divertir" e seu clima clean (but "dark") não comporta gente imbecil e radical que ainda insiste com aqueles velhos papos que exalam vinho de quinta....Esta edição também contará com um pocket show do White Light Lametta, o mais novo projeto eletro dos"Brides" Julia Ghoulia e Corey Gorey (NY) que fechará sua pouca divulgada tournezinha que passou por alguns clubs da cidade durante o mês de agosto. Será no mínimo curioso!

mais infos aqui: www.fotolog.com/humb_lumi

segunda-feira, 4 de maio de 2009

The Passions

A raiz do The Passions foi basicamente uma banda londrina chamada The Delericts que deixou de existir em 1978. Antes disso, seu baixista, Clive Temperly, foi envolvido no mítico grupo protopunk The 101' ers que tinha em sua formação o saudoso Joe Strummer (antes de formar o The Clash).
Em 1979 a banda foi rebatizada para The Passions (após um curto período tocando como Rivers of Passion) e começou a investir num som mais melódico e com elegante toque dark. A partir daí eles nos presentearam até 1983 com um punhado de canções de belezas atemporais, que estão a altura do seu único hit, "I'm in Love with a German Filmstar". Vale a pena conferir seu trabalho e tirar a prova de que Barbara Cogan é a dona de uma das vozes femininas mais belas do rock britânico dos anos 80. Uma ótima trilha para o outono.