
Do you know you're beautiful
do you know your beautiful
You are
Yes you are...

Por três dias estive de pé
Por três dias estive de pé
Por outros seis fui abatido no chão
Incisões não podem penetrar em meus pés
Provocar tensões, fazê-los escorregar, deixá-los dormentes
As mãos se mantiveram atadas à pele sem carências
Rasgada, oculta, invocadas em silêncio
Você, em habitações mudas
Você, num sono de sarjeta – amor
Você, nasce para ser morto – luvas enfaixadas
Você vestindo filhas e filhos
Assim como você – eu estou despedaçado e frágil
Assim como você – estou provando meu coração pela primeira vez
Assim como você se alimentando num breve descanso
Assim como você – deixei meus olhos distantes para trás
Pedindo atenção e ainda me afogando
Repouse no oitavo dia
Repouse no oitavo dia
Fui arrastado de volta ao primeiro
Dedos indelicados enfraquecem meus olhos
Eles choram, espreitam, se debatem cegamente
Não há sanidade para que eu volte a ficar de pé
Estou num quarto vazio
Estou incendiando a formalidade dos livros
Estou perdido com você na cama
Quebrando os espelhos para por fim em tudo que já vi
Assim como você – eu estou despedaçado e frágil
Assim como você – estou provando meu coração pela primeira vez
Assim como você se alimentando num breve descanso
Assim como você – deixei meus olhos distantes para trás
Pedindo atenção e ainda me afogando...
(Rozz Willliams)

Premature Ejaculation envolve o uso de fantasias e sonhos desde a reconstituição do real ao simbolismo, do figurino até a filmagem. Não há limite, regra, sanidade; exibição da "pessoa-objeto-humano-sexualidade abertamente dolorida". A realidade da morte antes do nascimento, o sonho consciente, a violência, a beleza e o resultado deste sonho. A percepção de que não somente performance é uma seqüência de sonhos, mas de que a vida depois da morte também é esta seqüência, esta é a prova definitiva da mente, através desta performance nós somos libertados, liberdade é a capacidade de usar toda a mente de uma pessoa, a realidade do subconsciente, a mais precoce de todas as ejaculações. Tire a jaula de seu esqueleto! Apontem e fogo!
A angústia seria mais um véu espesso (retalhado e sedutor) que cobre a dúvida? "A História do Diabo" do Vilém é agora um dos meus instrumentos mais precisos para a tentativa de corrosão de tantas perguntas. O livro deixa diante do abismo de frases mágicas e lógicas vindos num pacote que tem lá suas doses propositais de tensões. Tal brutalidade que serve muito mais que uma simples anestesia para as nossas inquietações; é um portal cristalino e poético mesmo que haja o argumento a poesia possui seus fios defeituosos que re-decodifica o que se estabeleceu o que é "real" - na verdade é truque vaidoso de nossos desejos e ele se utiliza deste recurso de forma muito sóbria como quem não se contaminou; "quero sentir vontade" para a possível felicidade que são fumaças perfumadas e raras que entrelaçam nossas narinas e nos levam a incertezas deliciosas e gozos profundos. Este tratado nos trás a consciência objetiva que o mundo, "deus" e "diabo" e as coisas são frutos de nossos mais extremos anseios que estão ai para concretizar literalmente as vertigens que camuflam este tedioso mundo que carece de um convincente significado, pois já é fruto do absurdo total que foi a criação do universo. Somos Deus, somos diabo, maestros defeituosos, mas com uma posição privilegiada e apaixonada (??) no caleidoscópio interpretativo da existência. Tudo ao nosso redor é prova disso, basta sintonizar-se nesta gosma (Terra) que consome sua própria pele afim de ser um só corpo, unicelular, como se quisesse se calar prazerosamente para sempre. É loucura sendo comprimida à zero, como o vazio é em seu estado bruto.
