domingo, 12 de julho de 2009

Did The Doctor Give You A Pill?


Ele havia chegado à um ponto em que os sonhos não eram nenhuma novidade. As pálpebras não eram mais o limite. Os tentáculos das sensações eram afiados por meditações anestésicas e ilícitas. Não havia mais ao que recorrer a sua volta, pois nada era satisfatório nas coisas táteis. Eu vendo aquele polvo iluminado na beira da praia, decidi penetrar em seu ventre preenchido por um lodo verde que exazalava sexo. O calor úmido acolheu meu cérebro contaminado por coisas que durante a vida o obustruia. Tempo era o estado da consiciência – uma fonte enganadora de lucidez. Não necessitava da permência ou qualquer tipo de luz e escolha. O cessar do tempo me trouxe então o tédio. A comoção de quem não se alimentaria daquilo que conduzia para esse novo estado (a esperança?). Eu quis retornar e isso me fez pulsar no ritmo do coito; ausência e o golpe em seus tubos. O parto também tem suas pausas e só assim se entende a sua sede por sangue em suas mais variadas cores. Ali era o túmulo de músculos talhados por gritos de desordem que estabelecem a imersão dos paradoxos.

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