terça-feira, 20 de outubro de 2009

marginalidade do moderno

E no final das contas a urgência da cidade te leva a um banquete vertiginoso onde se perde por vários instantes (e para muitos, completamente) a sutiliza da beleza. A bondade vira um ato de excentricidade “inferior”, então é descartada, como se fosse um espécime muito frágil diante de uma carga de disputa doentia. Ou melhor, vira combustível a um mercado insano para aqueles que acham que ela deva ser comprada até mesmo em prateleiras virtuais. Esses anseios absurdos tratam o silencio e a calmaria como adorno de uniforme de um louco. Então, no mundo atual, é preferível marchar violentamente ao alcance de uma estranha “felicidade” que alguns acreditam estar escondida em meio a fumaça, barulhos mecânicos, dose & mais doses de remédios. Ah se muitos soubessem que a imperturbabilidade é base da contemplação e o condutor do amor perdido a tanto entulho... Amar ou ser amado não é mera recompensa, não é condição calculada. De qualquer forma, e infelizmente, o delírio cosmopolita (o torpor da ilusão violenta) é uma prova de fogo onde se busca através do mal necessário a realização do seu bem nece$$ário.

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