Vermelha, a caça desce a floresta;
Oh, os olhares de musgo da presa.
Silêncio da mãe; sob pinheiros negros
Abrem-se as mãos dormentes
Quando, vencida, aparece a fria lua.
Oh, o nascimento do Homem. Noturna murmura
A água azul no fundo da rocha;
O anjo decaído olha em suspiros sua imagem,
E pálido corpo desperta em câmara úmida.
Duas luas
Iluminam os olhos da anciã pétrea.
Dor, grito que dá à luz. Com asa negra
A noite toca a têmpora do menino,
Neve que desce de nuvem purpúrea.
(Tradução: Cláudia Cavalcante)
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