terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Merry Xmas?


Li a seguinte frase do João Pereira Coutinho hoje na Folha: "Simplificando, existem dois grupos: para os ansiosos, o Natal é uma prova; para os deprimidos, uma provação". Não é preciso advinhar em que ala me encaixo. Há algumas semanas fiz este set que traduz um pouco meu estado de espírito nesta época tão tensa. Capa e contra capa em tamanho real para quem quiser imprimir etc...aquela história de sempre.

tracklist:
  1. For Against - December
  2. Derniere Volonté - Le Refuge
  3. Autumn - Colours Blurred
  4. Engelsstaub - Kissed By God
  5. Chris & Cosey - Send The Magick Down
  6. Clock DVA - The Unseen
  7. Faith and the Muse - Interlude: Annabell
  8. Death In June - Torture By Roses
  9. In Slaughter Natives - Human Ashes
  10. Lycia - Broken Days
  11. COIL - Montecute
  12. Vampire State Building - The Sage (stutt edit)
  13. Echo & The Bunnymen - Porcupine [Alternate Version]
  14. Love Is Colder Than Death - Very III
  15. Sol Invictus - The Killing Tide
  16. Trisomie 21 - There's A Strange Way This Morning
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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Considerações sobre o box “5 Albums” do Fields



Recebi este item e posso garantir que não tem nada de diferente de tantos outros boxes de outras bandas que estão sendo lançado por ai (aliás isso virou uma febre desde quando a Sony começou com esta história dos "Original Album Classics"). Os discos vem em embalagens que simulam capas de vinil, porém as informações técnicas de todos estão reunidos num único encarte (com apenas uma foto da banda e nenhuma letra de música), o que faz a gente não se desfazer de jeito nenhum das edições mais antigas (tanto em vinil ou cd). Outro motivo para gente não descartar as velharias da coleções, é a informação de que o único álbum remasterizado a partir das fitas originais desta caixa é o Elizium. Os outros tiveram uma melhora no volume e masterizações a partir do que a gravadora já tinha digitalizado (ou seja, dos cds). Eu havia escrito na matéria sobre este lançamento que não havia nenhuma música que antecediam Dawnrazor; na verdade este álbum traz como bônus novamente as gravações editadas nos EP`s Returning To Gehenna e Burning The Fields. Então fica a pergunta: vale a pena adquirir? Eu digo que é algo apenas para fãs, nada mais. 
Mas, quem quiser mais informações pode conferir neste link da Beggars Banquet.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Invictus (William Ernest Henley)


Dentro da noite que me rodeia
Negra como um poço de lado a lado
Agradeço aos deuses que existem
por minha alma indomável

Sob as garras cruéis das circunstâncias
eu não tremo e nem me desespero
Sob os duros golpes do acaso
Minha cabeça sangra, mas continua erguida

Mais além deste lugar de lágrimas e ira,
Jazem os horrores da sombra.
Mas a ameaça dos anos,
Me encontra e me encontrará, sem medo.

Não importa quão estreito o portão
Quão repletade castigo a sentença,
Eu sou o senhor de meu destino
Eu sou o capitão de minha alma.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Bastard Disco - vol. 3


Outra série que idealizei pra este blog foi a Bastard Disco; coletânea que tem como proposta resgatar alguns sucessos esquecidos que invadiram algumas pistas (lá de fora) durante a década de 1980 e comecinho dos anos 90, que não deixa de ser também uma sugestão aos DJ's nostálgicos daqui para que variem um pouco seu arroz & feijão de sempre. Para fechar a trilogia disponibilizo este volume em formato duplo repleto de "rare hits" tanto do synthpop quanto de italo disco (que marca grande presença com alguns clássicos de Fred Ventura, Savage, Valerie Dore e P. Lion), como seu subtítulo sugere. Dario Dell'aere é um outro nome da italo, mas daquela ala mais "dark" (underground também), na linha do Decadence. O vocalista do Fockewulf 190 aparece aqui com o single "Eagles In The Night" (1985), cujo o vinil original pode ser encontrado por ai pela bagatela de 600 euros
A "Bastard Disco - vol. 3" é um belo e derradeiro apanhado para quem curte estas dançantes e hipnotizantes velharias. Como de costume, dentro de cada pastas há a capa e a contra capa em alta resolução e colorida (em *.pdf) para aqueles que ainda queimam cds. Não estranhem o peso dos arquivos, pois estão encodados em 256kbps com equalização máxima para estourar os tímpanos em um player portátio ou num subwoofer potente. Enjoy and lets dance!




CD 1
1. Bazooka Joe - Smallville
2. Samedi - Between Two Hearts
3. Fred Ventura - Leave Me Alone (7" version)
4. Savage - Don't Cry Tonight
5. Shark Vegas - You Hurt Me (version)
6. Twins - Face To Face, Heart To Heart
7. Pink and Black - Sometimes I Wish
8. A Popular History Of Signs - Art Of Persuasion
9. Valerie Dore - The Night (extended mix)
10. Moskwa TV - Brave New World (12" Version)
11. Fresh Color - Number One
12. Fake - Donna Rouge (original extended version)
13. SPK - Flesh And Steel
14. Dario Dell'aere - Eagles In The Night

CD 2
1. Michael Cretu - Samurai
2. Fashion - No Name
3. Venetian - So Much For Love
4. Parade Ground - Gold Rush
5. Clio - Faces (extended)
6. Invisible Limits - No Tears (Big Shambles Of Broken)
7. Lovables - It's Beautiful
8. The Mysterious Art - Requiem
9. Kano - Ikeya Seki (12" mix)
10. Boxbury Beat - Thunder And Lightning
11. Colour Radio - Adrianna Dreams
12. Private Blue - She's Love
13. P. Lion - Happy Children
14. Fatal Charm - Summer Spies
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Saiba mais e baixe também:
- Bastard Disco - vol. 1
- Bastard Disco - vol. 2

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Marcelo Rubens Paiva & camisetas


Foi bom ter conhecido o Marcelo Rubens Paiva, ter trabalho em cima de suas idéias e executado a arte das estampas que tenho certeza que farão sucesso. O cara é boa praça, daqueles cuja a alma pensante nunca envelhece.
Quinta agora é o lançamento na Geek.etc.br com direito a autografo das peças. Não sei porque me veio a cabeça aquele som do Frankie Goes to Hollywood, "Relax". Bom, deixa pra lá.

http://glamurama.uol.com.br/marcelo-rubens-paiva-cria-camisetas-em-homenagem-a-mestres-da-literatura/

coisa linda da babãe


domingo, 24 de novembro de 2013

Bauhaus, Fields of the Nephilim, Gene Loves Jezebel - 5 Albums’ box sets


Este dias eu estava escutando alguns cd's do Fields Of The Nephilim. Como todas as re-edições digitais concebidas a partir da metade dos anos 80, estas gravações eram de péssima qualidade, abafadas e sem profundidade. Me questionei o quando os seus álbuns ganhariam reissues remasterizados, pois Sisters, Mission, Siouxsie e todo panteão do gothic rock oitentista já tinham dado este privilégio aos fãs. E não é que a Beggars Banquet anunciou esta semana um pacotão daqueles? Bauhaus, Gene Loves Jezebel Fields tiveram seus álbuns remasterizados relançados em box sets. A caixa dos Fields (a mais esperada em minha opnião), assim como das outras bandas, trará 5 cds - os 3 álbuns de estúdios com bônus, além do ao vivo Earth Inferno e uma compilação com singles e alguns B-sides do período de ouro da banda, ou seja, de 1987 a 1990. As gravações e EP'a anteriores ao primeiro álbum estão de fora, mas mesmo assim é um material imperdível. O Bauhaus e Gene Loves Jezebel tiveram há alguns anos seus álbuns remasterizados, porém nestas caixas é possível adquirir algumas demos e músicas até então encontradas apenas nos velhos compactos de vinil.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Happy Birthday Rozz!


Assim que resolvemos fazer a revista “Invocations of Rozz Williams”, pedimos para que alguns amigos participarem do seu editorial, escrevendo um depoimento ou impressões sobre o artista. Este foi escrito pelo meu irmão que ainda serve como uma bela homenagem...

Quando os editores desta publicação me pediram para escrever um texto “depoimento” sobre Rozz Williams fiquei lisonjeado, porém, preocupado com a forma que teria um texto como este e como representaria por meio de palavras certas, toda identificação que tenho com o trabalho de Rozz. Decidi, então, tomar liberdade da escrita, sem tantos padrões ou até mesmo linearidade. E foi o que fiz.

O que me fascinava em Rozz Williams era sua autenticidade e capacidade de criação; como conseguia exteriorizar tantos sentimentos em relação ao nosso mundo de formas tão diferentes. A sua postura era muito natural e o impacto que causava suas atitudes era simplesmente uma conseqüência.


Foi muito grande a diversidade de idéias de Rozz Williams. Incrível como pode trabalhar com tantas possibilidades da música, seja no seu lado mais punk, “glam”, death-rock, elementos clássicos ou experimentais. Sua arte era evidente nos momentos em que recitava poesias em “Every Kind A Bartard Soon” e “The Whorses Mouth” ; em suas performances com EXP ou Premature Ejaculation, Heltir , etc.; no  cinema em “PIG” e até mesmo em suas “colagens” que serviram como capas para alguns de seus álbuns. Desse modo, desponta um artista completo na figura de Rozz Williams.


As músicas de Rozz não foram simplesmente músicas. Foram gritos de desespero frente aos problemas mundanos e do próprio inconsciente do ser; gritos também de manifesto a falsidade das instituições religiosas, como em “Only Theatre of Pain”, época em que Rozz praticamente iniciava sua respeitável carreira.

O que é tão surpreendente é a “aparente” tranqüilidade de Rozz em “Dream for a Heartache” de Rozz e Gitane Demone e “From the Heart” do Shadow Project, opondo-se totalmente aos seus trabalhos experimentais. O projeto Premature Ejaculation, por exemplo, é uma verdadeira viagem à um mundo agônico e atormentador. Um mundo, creio eu, que se encarado de maneira extremamente séria, torna-se atraente à nossa própria morte. As várias mudanças musicais e estéticas sempre fizeram parte do trabalho de Rozz, no entanto, sua essência era permanente e sempre esteve viva - a vida estava em sua arte.

Em uma ocasião, meu querido irmão Rodrigo disse-me uma coisa que deixou-me pensativo e que estou de acordo. Na sua opinião, Rozz cantava como se fosse Cristo, porém Cristo já morto. A imagem que Rozz nos deixou parecia-me de angústia e tristeza quase que constantes, principalmente nos momentos em que as “lágrimas negras” escorriam de seus olhos, dando sinal de que Rozz chorou seu sonho x realidade, assim como Cristo “chorou” pela salvação dos pecadores.

Na realidade, a arte de Rozz atenta meus olhos e mente para algumas questões que nos rodeiam. Suas “spoken words” são perfurações no corpo que não causam dor, mas sim arrepios, dando-me uma sensação de leveza, melancolia e prazer.

Entristece-me reconhecer que o dia da mentira do ano de 1998 não passou de uma verdade. Foi um dia que não fez jus ao nome. Tento achar uma explicação para o desligamento de Rozz deste mundo, mas não há uma clara resposta. Será que sua morte ocorreu devido ao fato de viver em um lugar que passou a limitar suas formas de expressão, já que muito havia sido feito em vida? Quisera ele encontrar um espaço em que se enquadrasse as idéias não pertinentes a este mundo? Anseio que Rozz esteja agora, neste exato tempo, num mundo único, só seu. A arte não morre, nem mesmo a de Rozz Williams, apenas o corpo se foi; sua arte é minha triste história favorita que não será esquecida.
(André de Araújo)

domingo, 3 de novembro de 2013

New Romantics


Em 1998, antes de voltar a escutar coisas mais trevosas, eu estava muito ligado ao synth pop dos 80’s executado por bandas da cena New Romantic que foi mais um hype fashionista em torno dos frequentadores do club Blitz do que propriamente um estilo musical.

Esta moda foi concebida e adotada por ex-punks (ligados às escolas de arte e design), fãs de Bowie e Kraftwark. Essas referências musicais e de estilo foi à forma ideal para esses jovens manifestarem o seu descontentamento com a era Tatcher, ministra que se identificava muito mais com os tempos vitorianos, quando o assunto era as classes operárias. Para ela os trabalhadores  "deveriam saber bem o seu lugar", ficando a mercê da sorte, sem nenhum auxilio do governo. Pensando nisso, a resposta dos new romantics veio de forma irônica e andrógina, o que deixou os mais moralistas bem incomodados. Conceitualmente ou não, esta estética ajudou dar um pouco de cor, glamour e contraste a este periodo de enorme recessão que a Inglaterra passava naquele período, que ficou conhecido para muitos como “the new dark ages”, uma analogia a sombria Idade Média. Naquela conjuntura, a única saída parecia ser mesmo se maquiar, se produzir e procurar refúgio nos clubs noturnos, onde as coisas pareciam ser mais interessantes e era possivel ver um verdadeiro desfile de "piratas" e perrots futuristas dançando com ar blasé e melancólico.

Esta coletânea não se difere tanto de outras coletâneas do gênero. É um greatest hits que deve animar as noites e ouvidos mais nostálgicos que tem achado também a nossa realidade um tanto cinza e insossa. Dentro da pasta há o booklet colorido em 300 dpis para quem quiser gravar em audio e colocar numa capa slim.

track list:
1. Duran Duran - Planet Earth
2. ABC - Poison Arrow
3. Visage - Fade To Grey
4. Classix Nouveaux - Guilty
5. Spandau Ballet - To Cut a Long Story Short
6. Yazoo - Nobody's Diary
7. Altered Images - Don't Talk to Me About Love
8. Kajagoogoo - Too Shy
9. A Flock Of Seagulls - Wishing (If I Had A Photograph Of You)
10. Heaven 17 - Let Me Go
11. Japan - Ghosts
12. Culture Club - Do You Really Want To Hurt Me?
13. Soft Cell - Tainted Love
14. Bow Wow Wow - I Want Candy
15. The Human League - Don't You Want Me
16. Ultravox - Vienna
17. Thompson Twins - Doctor! Doctor!
18. Adam & the Ants - Stand and Deliver
19. Dead or Alive - You Spin Me 'Round (Like a Record)


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sábado, 26 de outubro de 2013

Christian Death & Rozz news

No dia 13 de outubro Valor Kand encerrou um giro pelos EUA e Canadá. O seu Christian Death apresentou basicamente o mesmo show (set list, estética de palco etc) American Inquisition tour. Curiosidade: as músicas mais tocadas naquela época foram compostas por Rozz; "Sleepwalk", "This Glass House" e "Cavity". Penso que esta mini turnê foi um aquecimento (ou algo do tipo “não esqueçam da gente, estamos vivos”) para um novo álbum que deve ser lançando em breve. Pelo que andei lendo de comentários no youtube ou em reviews, o público (leia-se os fãs, já que a banda não anda lotando tantos clubs assim) reagiu bem a seus shows. Durante estas apresentações, a executou uma música inédita chamada "The Selfish Gene" que provavelmente fará parte deste trabalho de estúdio. Eu não a escutei ainda, mas acredito que não deva deve sair do habitual “death-goth-metal” desta encarnação cuja a concepção visual é um tanto duvidosa.

Em novembro agora Rozz faria 50 anos de idade. Enquanto a Malaise Musica não se manifesta sobre a interrupção da série Lost Recordings do Premature Ejaculation, a Cult Music (o braço musical da Cult Films de Nico B, que relançou há poucos meses a versão blue-ray do curta-metragem Pig com subtítulo 1334 em embalagem deluxe) anunciou para o próximo mês um disco com gravações ao vivo raras feitas na Bélgica (em Waregem e Brugge, entre 1993 e 94), Los Angeles em 1997 (em uma das ultimas aparições do artista). Sleeping Dogs sairá tanto em vinil (duplo com capa gatefold) quanto em cd (este formato sairá apenas nos EUA e distribuído pela Entertainment One) em edição limitadíssima. Para cada formato haverá uma capa diferente, sendo que no vinil há três versões do bolachão; uma com vinil preto (prensagem de 300 cópias), mármore (100 copias) e rajada (100 copias). No cd (da qual a capa é uma máscara mortuária) há uma versão alternate de "Nostalgia". Para fãs colecionadores, eu aconselho adquirir estas peças logo, pois assim que foram anunciadas as pré-vendas elas se esgotaram rapidamente em algumas lojas virtuais.
 
 
LP tracks:
Side A: Time / Nostalgia / Bruised / Dodo / Kill Your Suns
Side B: Hold Me Down / Flowers / The Doll
Side C: World Inside / Hall of Mirrors / 2nd Step / Sunken Rex
Side D: Moonage Daydream / Raw Power

 
 

CD tracks:
01 Time
02 Nostalgia
03 Bruised
04 Flowers
05 Dodo
06 Kill Your Suns
07 Hold Me Down
08 The Doll
09 World Inside
10 Hall of Mirrors
11 2nd Step
12 Sunken Rex
Bonus: 1
13 Nostalgia (Alternate Version)

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Discos dos bãos...


Arrumar discos (quando se tem uma coleção consideravelmente grande) é uma tarefa interessante. No meu caso, vejo que sou meio reacionário em termos musicais - praticamente gosto das mesmas coisas há quase 25 anos. Nestas tarefas de limpa-los e coloca-los numa ordem mais ou menos coerente acabo (re) descobrindo coisas interessante que ao menos eu tinha tirado o lacre. 
O Discogs é um dos meus "xodós" para listar meu inventário discográfico e adquirir peças que fazem parte da minha wanted list que não para de crescer.


domingo, 22 de setembro de 2013

Por enquanto não é o fim


Este é apenas um parecer que descarta a possibilidade (a falta de posts nestes últimos meses é resultado de uma certa preguiça também) de abandono deste blog. Reapareço para falar há muito material interessante e raro que quero apresentar por aqui. Estou preparando a passos de tartaruga um pequeno tratado de uma das bandas de cabeceira e que há tempo merecia uma nota: The Chameleons que vem relançando seus álbuns pelo selo Blue Aple Music. Para quem ainda compra discos, vale a pela adiquiri-los, no entanto não aconselho se desfazer das antigas edições que estão virando relíquias (ou seja estão bem valorizadas). Não há previsão que haja um re-release do aclamado Strange Times, já que o direitos pertencem a major americana Geffen, a mesma dos seus conterrâneos de Manchester Stones Roses (que bebeu de alguma forma de Chameleons considerado por mim pelo menos, um dos alicerces da cena que culminaria não só com a nomenclatura "Madchester", mas como o Brit Pop como um todo, dadas as devidas coloborações do rock indie melancólico e onírico de Echo & The Bunnymen, The Sound...). Se alguém não conhece o embrião do Chameleons, chamado de Years terá a oportunidade de escutar num próximo volume da Cadavres Exquis (material é que não falta). (In)conscientemente o conceito deste blog tem como base o espírito "elegance avec decadencedecadente" do pos-punk do fundo do porão, que parece ser inesgotável. Nestas garimpadas foi legal saber que já ouve um lançamento em fita K7 de uma coletânea homônima em 1984 pelo selo canadense Chimik Communications, cujo set mostrava o que acontecia de mais estranho e barulhento na Alemanha, Inglaterra e outros paises cuja veia vanguardista sempre foi determinante. Devo disponibilizar esta peça aqui, embora seja uma velha conhecida do aficionados "hardocores". Digo isso também porque vejo que há um interligação muito forte entre as músicas que fazem a minha cabeça e de muita gente que gentilmente oferece perolas para nossos ouvidos, como os blogs irmãos Crispy NuggetsFritz Die Spinne, Punks on PostcardsPhoenix Hairpins e o majestoso Systems of Romance. Mesmo com o acervo de incalculável valor disponinilizados em mp3, eles nos instigam a engordar mais a nossa coleção de vinil e fitas cassete que voltaram a circular em alguns catálogos novos minimal wave. A fita cassete, pelo menos pra mim, foi muito importante até como captação de uns programas antigos de radio, trocas que conseguiram moldar de alguma forma meu gosto musical. Devo ter uma caixa cheio delas. As “seladas”(originais) dividem espaço com vinis e posso dizer que são poucos os privilegiados que possuem peças ao vivo do lendário selo Rior Records, como Ecstasy & Vendetta Over New York (showzão do Sex Gang Children no club Danceteria em NY, em 1983 que ganhou edição de cd pela Cleopatra no começo dos anos de 1990) e Decomposition of Violets do Christian Death que ganharia edições em vinil e em cd bem mais tarde, quando a banda já tinha se espatifado em duas. Mas desta coleção de K7 há uma que prometo um dia (em breve) disponibilizar aqui assim que eu digitalizar: a demo-tape Céu Cinza da banda gótica paulistana Abadon que hoje se transfigura pelo nome de Outro Destino, onde as letras "sem papas na língua" de Fábio desfilam num som mais pesado (heavy), diferente da sonoridade “goth/dark wave” (Sisters e a geração de gothic rock alemão noventista eram as inspirações dos arranjos, porém de forma mais tímida e limpa, pelo menos em versões estúdio) que eles propunham dos anos de 1995. É um registro que vale a pena ser imortalizado, já que esta fase antecede também o bem conhecido Imperial, que participou da coletânea Violet Carson onde a nova/velha cara do bem defasado (no sentido de apoio e qualidade sonora/estética) cenário "gótico" tupiniquim (leia-se São Paulo-Rio-Brasilia) que ainda (*bosejos*) dava sinais "vida". Muitas dequeles bandas que surgiram há mais 20 anos atrás não entendiam ou não sacavam nada da sofisticação contra tempo da bateria (ironicamente é como vinho; só é bom nas antigas safras). Voltando a falar da Céu Cinza: achei uma pena terem desperdiçado e lapidado exageradamente o talento do baterista André. Suas batucadas foram camufladas por uma bateria eletrônica que ele mesmo conduziu por “ordens maiores"(o tecladista na época não queria nada que sobrepusesse seu instrumento cheio de efeitos e strings clichês). Quem determinou isso desconhece que o improviso selvagem e um tanto ambíguo (pra não dizer afetado) do verdadeiro pós-punk faz toda a diferença. O que alguns ali chamavam de "gothic rock pra macho" (antitese do "chabi", apelido ou anagrama inventado por alguns integrantes da banda que direcionava aos góticos mais afeminados), tinha um argumento paltado mais no coro de torcida gaúcha, do Grêmio em especial. Para quem viu meu irmão aprendendo a tocar bateria em panelas, sabe que isso fodeu um pouco o resultado e poderia ter sido melhor. Havia um potencial latente que foi anulado por uma certa vaidade, mas que gerou músicas fortes como “Estátuas” que teria virado (caso fosse executada por algum DJ) um hit nos clubs, ao lado de "Pânico e Solidão" do Cabine C, de dez anos antes. As adversidades da vida impediram que isso acontecesse. No entanto, parece que a missão de ir contra maré do tempo dá resultados; e a poesia de Fábio é o tapa na cara merecido de quem ainda é está deslumbrado com este deserto vivo da pós-modernidade, com estes dias de pesadelo entulhados de fantasia...Por enquanto é isso.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Tempo (não) ocioso, Megaphone Camisetas



Há muito tempo não atualizo este blog. No entanto não é por falta de assunto ou materiais interessantes. Chega fim de semana não estou com muito saco, mas esqueço que este espaço deve ser melhor aproveitado, pois, vendo o material arquivado, é motivo de eu sentir certo orgulho.
Para aproveitar o ensejo, segue o link da Megaphone Camiseta, um coletivo onde participo....Apesar de estar usando pseudônimos, quem conhece meu trabalho saberá quais as ilustrações são minhas. Há um link para o perfil da marca no Facebook, então é só compartilhar, curtir e comprar, é claro.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

i tried...

 
In fear every day, every evening,
He calls her aloud from above,
Carefully watched for a reason,
Painstaking devotion and love,
Surrendered to self preservation,
From others who care for themselves.
A blindness that touches perfection,
But hurts just like anything else.
 
Isolation, isolation, isolation.
Mother I tried please believe me,
I'm doing the best that I can.
I'm ashamed of the things I've been put through,
I'm ashamed of the person I am.
 
Isolation, isolation, isolation.
 
But if you could just see the beauty,
These things I could never describe,
These pleasures a wayward distraction,
This is my one lucky prize.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Miracles and Wonders


So hard to understand
From one day to another you're a different man
Never cease to find it strange
How at midnight things seem hopeless
But by dawn they've changed

Another illusion
Plain to see
Miracles and wonders
Gifts for free

Light up
I'll see you there
As we enter a spirit that is everywhere
Guess I'll never know
How it feels deep inside to have another grow

Creation from fusion
Plain to see
Miracles and wonders
Gifts for free

Another illusion
Plain to see
Miracles and wonders
Gifts for free

If anything can happen then it probably will
If anything can happen then it probably will
believe

(The Chameleons)

sábado, 25 de maio de 2013

Amor Inimigo


O limite, relações lesadas
mantém o segredo, desejos de nada.
O vácuo, vils me falam
trazendo misterios, vazio e tédio

Vozes, vidros quebrados
estiletes na mente.
O Eu fragmentado,
desejo enquadrado.

A cidade, eterno retorno
suporta o medo, do abandono
realidade, claridade súbita
lúdico objeto.

Amor Inimigo
A solidão é um fato.

A cidade, eterno retorno
suporta o medo, do abandono
realidade, claridade súbita
lúdico objeto dos desejos

Vozes, vidros quebrados
estiletes na mente.
O Eu fragmentado,
Amor Inimigo
A solidão é um fato!

domingo, 28 de abril de 2013

Cadavres Exquis - vol. 4 (double)




Depois de quase um mês sem postar, eis que o quarto volume Cadavres Exquis ficou pronto. Sua seleção foi meio demorada, já que a quantidade de bons sons se multiplicava conforme ia garimpando coisas que ficaram perdidas ou esquecidas no tempo (com exceções a nomes já em conhecidos como Asylum Party e UV Pøp, por exemplo). De 200 músicas que separei, escolhi 38, o que resultou numa edição dupla; formato que seguirá se houver edições posteriores.

O que difere um pouco do que já foi mostrado anteriormente, é a presença de nomes fora do circuito pós-punk europeu, como o DA!. Formado em Chicago (EUA) em 1978 pela vocalista Lorna Donley (com 16 anos na época), a banda tinha uma orientação musical que poderíamos chamar de “no-wave”, contudo referências a Malaria!, Siouxsie and the Banshees e Au Pairs eram evidentes (alguns críticos da época falavam que eram um híbrido de Velvet Underground e Joy Division, ouçam e tirem as próprias conclusões). No Youtube é possível ver um clipe de “Dark Rooms”, que chegou a ser incluído na programação do canal a cabo Rock America, uma espécie de pré-MTV. Apesar de conquistarem uma certa popularidade no agitado circuito alternativo da costa leste estadunidense, eles desapareceram após lançarem apenas dois singles. Em 2010 sua memória felizmente resgatada no LP póstumo Exclamation Point - [Un]released Recordings 1980-81 que saiu pelo selo nova-iorquino Factory 25. A Austrália é representada aqui pelo Soggy Porridge, que teve uma história parecida com o DA!; em vida também gravou dois singles entre 1982 e 83. Em 2006, estes dois compactos junto à diversas outtakes e captações ao vivo foram reunidos num cd-r duplo editado por um selo fundo de quintal.

De resto, o track list desta coletânea é completo com bandas que reproduzem o clima (seja mais orgânico ou cold wave) característico da série, que propõe imersão e um mergulho sonoro que nos remetem aos decadentes porões alternativos de 30 anos atrás ou à outros cenários soturnos, onde os espíritos mais nostálgicos (nauseados pelos hypes) escolhem se refugiar.

Para quem ainda gosta de gravar em cdr de áudio e guardar na coleção de discos, dentro da pasta há toda arte colorida (sleeve) em tamanho para ser colocado em case duplo.

CD 1
1. Cortex - Cortex Y
2. Venus In Furs - Love Lies
3. UV Pøp - See You
4. Day After - Ticking Away
5. EL - Visshet
6. Asylum Party - Madhouse Grass
7. Soul - Tribes
8. Royal Family And The Poor - The Dawn Song
9. DA! - Dark Rooms
10 Clair Obscur - Psychiatric
11. Japanese Genius - Pikah O Papikah (Part 1)
12. Bartok - Insanity
13. Weimar Gesang - Chantal's Secret
14. Isolation Ward - Remember
15. Dark White - Dramatics
16. Flue - Hermit
17. Turquoise Days - Alternative Strategies
18. Soggy Porridge - How Can I Tell You
19. 4D - Dreidimensional

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CD 2
1. Marquis De Sade - Wanda's Loving Boy
2. Clock DVA - Brigade
3. Schleimer K - Demon Lus
4. Box Of Toys - Precious Is The Pearl
5. The Eternal - Wait
6. A4 Gerechtigskeits Liga - Existenz & Utopie
7. In Camera - Final Achievement
8. Deux - Decadence
9. Kaa Antilope - Back in India
10. Burning Skies of Elysium - Far From The Crowd
11. Begin Says - Arbeit
12. Dilemma - Dracula
13. Second Layer - Metal Sheet
14. Camera Obscura - Mystery Box
15. Dark Day - Laughing Up Your Sleeve
16. The Naughtiest Girl Was A Monitor - What We Don't Want To See
17. Positive Noise - No More Blood And Soil
18. John Foxx - Piano Piece
19. Opposition - New Homes

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