segunda-feira, 10 de maio de 2010

a última vida


Eu vi nuvens baixas onde o câncer da pobreza se enraizava nos vales
Montanhas antes cobertas de relvas frescas, agora dão lugar ao tapete da miséria.
Desejei que houvesse o espírito, mas lhes de deram objetos.
A apatia do consumo disfaçada de um amarga esperança...
Mosaicos vulgares que dilaceram a paisagem
Agradeço meus olhos, minhas caminhadas quando mais jovem.
Atento aos detalhes, ao ar fresco daqueles invernos que mais parecem quadros em minha memória.
A vida é uma morte efêmera, como um gozo em troca de moeda.
Onde entulho e sentimentos formam uma única massa de excremento.
Desejei que houvesse espírito...

Nenhum comentário:

Postar um comentário