sexta-feira, 21 de maio de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
Ian Curtis died 30 years ago today...
Exercício Um
Quando você é um estranho em seu quarto
logo, talvez se afogando
seria o início de tudo?
você liga sua TV
abaixa o volume de seu fone de ouvido
dá as costas a isso tudo
isso tudo está ficando demais
quando você está olhando a vida
decifrando cicatrizes
grupo tenso, todos aqueles
que se sentam imóveis em seus carros
as luzes parecem intensas
quando você alcança o lado de fora
hora de um último passeio
antes do fim de tudo
Quando você é um estranho em seu quarto
logo, talvez se afogando
seria o início de tudo?
você liga sua TV
abaixa o volume de seu fone de ouvido
dá as costas a isso tudo
isso tudo está ficando demais
quando você está olhando a vida
decifrando cicatrizes
grupo tenso, todos aqueles
que se sentam imóveis em seus carros
as luzes parecem intensas
quando você alcança o lado de fora
hora de um último passeio
antes do fim de tudo
sexta-feira, 14 de maio de 2010
a tua ferida, onde está?
Pergunto onde fica,
em que lugar se oculta a ferida secreta
para onde foge todo o homem
à procura de refúgio
se lhe tocam no orgulho, se lho ferem?
Esta ferida
— que fica assim transformada em foro íntimo —
é que ele vai dilatar, vai preencher.
Sabe encontrá-la, todo o homem,
ao ponto de ele próprio ser a ferida,
uma espécie de secreto
e doloroso coração.
Se observarmos o homem ou a mulher
que passam com olhar rápido e voraz
— e também o cão, o pássaro, uma panela —
a velocidade do olhar é que nos mostra,
ela própria e com rigor máximo,
que ambos são a ferida
onde se escondem mal sentem o perigo.
O quê?
Já lá estão, já os conquistou
— deu-lhes a sua forma —
e para ela a solidão:
lá estão inteiros no retesar de ombros
em que passam a concentrar-se,
com toda a vida a confluir na ruga maldosa da boca,
e contra a qual nada podem nem querem,
pois dela é que sabem esta solidão absoluta,
incomunicável — este castelo da alma —
para serem a própria solidão.
È visível no funâmbulo que refiro,
no olhar triste
que deve reportar-se às imagens de uma infância miserável,
inesquecível,
em que ele teve consciência
de ser abandonado.
(...)
(Jean Genet)
segunda-feira, 10 de maio de 2010
a última vida
Eu vi nuvens baixas onde o câncer da pobreza se enraizava nos vales
Montanhas antes cobertas de relvas frescas, agora dão lugar ao tapete da miséria.
Desejei que houvesse o espírito, mas lhes de deram objetos.
A apatia do consumo disfaçada de um amarga esperança...
Mosaicos vulgares que dilaceram a paisagem
Agradeço meus olhos, minhas caminhadas quando mais jovem.
Atento aos detalhes, ao ar fresco daqueles invernos que mais parecem quadros em minha memória.
A vida é uma morte efêmera, como um gozo em troca de moeda.
Onde entulho e sentimentos formam uma única massa de excremento.
Desejei que houvesse espírito...
sábado, 1 de maio de 2010
meu Universo
Gotas afobadas, sorrisos com cãibras da supernova
Peles vazias, olhos que tapeiam cada relincho
Celebrações e dias que somam estas castas horas cotidianas...
Do que me adiantam as emoções do que eu poderia ter sido?
Peles vazias, olhos que tapeiam cada relincho
Celebrações e dias que somam estas castas horas cotidianas...
Do que me adiantam as emoções do que eu poderia ter sido?
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