Há uma pequena cratera em meu peito, onde os calafrios ressuscitam minhas memórias e duvidas...Serão essas imagens que enfrentarei na última queda?
Já tenho respostas de olhos abertos, mesmo quando estou adormecido...
Costumo cair quando trago uma nuvem oferecida (a cada palavra incompreendida).
Saliva seca que arranha o coração...Como cordas cortantes de um navio muito viajado...
Um desespero pouco superado, Música antiga...
Esses faróis em cor de mel já leram essa fábula. Já nem choram os dias...
O certo é que procuras as mesmas histórias...Aqueles sofríveis caminhos fazem do tédio uma pequena e melodramática aventura.
Viste como é bom sentir o vento de orvalho solitário no rosto? A sensação é intransferível em cada pele...
Meus nervos gritaram em lamentos da fresca espera...
Não preciso mais dos ouvidos porque os sons nem sempre dizem a verdade, e todos, todos que cantam nem sempre precisam sentir!
A verdade reivindica atos...
Vida - esse teatro intenso da crueldade...
Letras esdrúxulas que adornam aqueles que desistiram da vida...
Nada mais que isso – você lembra os detalhes daquele leito? Desisto de minha boca – ela alimenta os sintomas sintéticos que conversavam a verdade...(foi através dela que tentaram alcançar o ponto fraco verídico) Ah se não fosse aquele monte de lixo amontoado no lado esquerdo...
Eu não preciso de flores, não quero me explicar a ponto de não ser mais compreendido, como criança que chora, não por causa de um peito, mas sim por uma comunhão de maldiçoes e entrega.
Não preciso daqueles que se passam de santos ou mártires: eles podem ser quebrados no chão...Ou rabiscados nas paredes, ou nos santuários de adolescentes despidos...
Não preciso de agrado levianos que tentar de forma suplicante superar a posse de um toque.
Essa pequena cratera é um ralo degustando lagrima nunca expelida. Consome-me, porém abastece-me de um arsenal inesperado.
Pois bem meu amigo, já tenho todas as respostas aqui. Realmente seria melhor não ter mais olhos, mas se arrancados, a minha alma flagraria mais o que deveria (ou mais do que já vê!). Desligue meus sentidos, mostre a real anestesia que me traga de volta alguma criança adormecida que tenha ânsia das malicias vida abobada - ela está imóvel debaixo deste couro adocicado debruçado em ossos retorcidos.
(nesta caixa pulsante onde moram meus hóspedes mortos).
Ilusão fétida se conecta as mais mansas luzes da galáxia que acariciam os mais lodosos pensamentos.
Esse canto vazio onde esperava encontrar a esperança de um gozo eterno como orquestra que arquitetou a vida com promessas das flores...
Somos unos; terra, polpa, pasta bruta que ri da dor alheia, para injetar alegria azeda num rosto estático como máscara mortuária...
Avatares são equívocos...
Esses louvores ao nada.
O opaco & amargo do silencio ele não necessita de palavras... Não necessita de nós.
Adeus pai da tentação!
domingo, 6 de dezembro de 2009
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